Mandato de Augusto Aras à frente da PGR termina na terça-feira, 26Divulgação
Aras faz último discurso no STF como procurador-geral da República
Titular da PGR disse que investigações avançaram 'sem espetáculos midiáticos'
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta quinta-feira, 21, que as investigações criminais avançaram "sem espetáculos midiáticos" durante os quatro anos de seu mandato no comando do Ministério Público Federal (MPF).
Na tarde desta quinta-feira, Aras participou da última sessão como procurador-geral no Supremo Tribunal Federal (STF) e fez um discurso de despedida. Na terça-feira, 26, o mandato do procurador-geral da República será encerrado, e caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo titular do cargo.
Em seu discurso, Aras disse que sua gestão foi alvo de "narrativas" e que a PGR investigou cerca de 500 autoridades.
"Combatemos a macrocriminalidade, instituindo o modelo de força-tarefa por 27 Gaecos [Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ] federais, conduzindo investigações complexas. [Promovemos] Apurações e investigações que, só na PGR, envolveram cerca de 500 autoridades com prerrogativa de foro. Avançaram [as investigações] assim sem espetáculos midiáticos e com respeito irrestrito ao devido processo legal", afirmou.
Aras também destacou que houve diminuição do acervo de processos em seu gabinete em relação à gestão anterior. Ele falou também sobre o trabalho desenvolvido pelo órgão durante a pandemia da covid-19 e as eleições presidenciais.
"Entendemos ter cumprido nosso dever constitucional e cívico, não em trabalho único, pessoal, mas fomos, sobretudo, catalizadores do trabalho harmônico e coordenado de valorosos colegas", concluiu.
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