Linhas da CPTM voltaram a rodar normalmente nesta quarta-feira, 4Divulgação

As linhas do Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltaram a circular normalmente nesta quarta-feira, 4, após o encerramento da greve dos metroviários na terça-feira, 3. No entanto, a linha-9 Esmeralda, de responsabilidade da ViaMobilidade, apresentou problemas pelo segundo dia consecutivo e segue em manutenção.
Segundo os sites das instituições, os três estão rodando normalmente nas seguintes linhas: 
- Linha 1 (Azul)
- Linha 2 (Verde)
- Linha 3 (Vermelha)
- Linha 7 (Rubi)
- Linha 10 (Turquesa)
- Linha 11 (Coral)
- Linha 12 (Safira)
- Linha-13 (Jade)
- Linha-15 (Prata)
Sobre os problemas enfrentados pela Linha 9 - Esmeralda, a ViaMobilidade afirma que "mais de 70 colaboradores" estão trabalhando para normalizar a situação. A empresa privada também pontuou que abriu um boletim de ocorrência para verificar supostos atos de vandalismo nos trilhos. 
Na terça-feira, a Linha 9 - Esmeralda funcionou normalmente em meio a greve, mas, por volta das 14h, apresentou falhas no sistema elétrico e os passageiros precisaram abandonar o trem. Já a Linha 8 - Diamante, também de responsabilidade da ViaMobilidade, seguiu sem problemas. 
Fim da greve
Em assembleia realizada na noite de terça-feira, 3, os metroviários decidiram encerrar a greve que paralisou todas as operações nas linhas de transporte público operados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Os funcionários iniciaram o movimento em protesto contra privatizações da CPTM, Metrô e Sabesp (responsável pelo abastecimento de água) propostas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Para Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, os trabalhadores deram uma demonstração de força contra o governo de São Paulo, que pretende privatizar as linhas da CPTM, e do Metrô e a Sabesp.
“Colocamos o debate das privatizações e as terceirizações na rua. E a nossa avaliação é de que a população apoiou a nossa luta e apoiou o combate às privatizações”, disse ela, durante a assembleia. “Mostramos que tem um edital de terceirização marcado para o dia 10 de outubro. E de terceirização marcado para o dia 17 de outubro. E um leilão marcado para o dia 29 de fevereiro. Ou o governador [Tarcísio de Freitas] estava confuso ou mentiu”, disse ela.
Luta pela privatização continua
Antes do encerramento da greve, Tarcísio classificou o movimento como "abusivo, ilegal e político". O governador de São Paulo também afirmou que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que "não dialogam" com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM, e deixou claro que os "estudos das privatizações continuaram".
"Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão", disse o governador na entrevista.
Já os grevistas criticaram o veto de Tarsício para a liberação das catratas, pois segundo eles, a medida impediria a paralização dos serviços. O governador paulista justificou a proibição ao pontuar que a decisão "colocaria os cidadãos em risco".
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo