BFachada do ministério da JustiçaMarcelo Camargo/Agência Brasil
Os recursos serão usados para instalação de novas unidades da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no estado, compra de viaturas e programas de segurança em escolas, de combate às drogas, atendimento de jovens e mulheres vítimas de violência.
Somente em setembro, cerca de 60 pessoas morreram em confrontos com forças de segurança no estado, a maior parte em bairros periféricos de Salvador. Um policial federal morreu durante uma operação contra uma quadrilha.
Para o ministro, a principal estratégia para reduzir as mortes e a violência na Bahia será a integração entre as polícias Federal, Rodoviária Federal e do estado.
“As ações das polícias estaduais, no que se refere ao policiamento ostensivo e investigativo, com o fortalecimento da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, devem produzir os efeitos que nós esperamos”, afirmou Dino, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, em Salvador.
Polícia Federal
- reforma da delegacia de Vitória da Conquista;
- instalação de unidade da PF em Feira de Santana no prazo de 45 dias;
- implantação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) em Ilhéus, com atuação da Polícia Federal e polícia estadual.
Polícia Rodoviária Federal
- fortalecimento do policiamento nas divisas do estado.
Outras ações
- R$ 6 milhões para o Programa Escola Segura, reforço das patrulhas escolares;
- doação de R$ 1,3 milhão para equipamentos das polícias estaduais;
- repasse de R$ 5,2 milhões para sistema penitenciário estadual e doação de carros, caminhões e detectores de metal;
- investimento de R$ 5 milhões no Pronasci Juventude, prevenção de homicídios e a inclusão social da juventude negra e periférica;
- R$ 6,8 milhões para ações antidrogas.
Armamento
“Essas armas foram para o feminicídio, foram para violência no trânsito, no bar, na família. E essas armas foram desviadas para fortalecer quadrilhas, porque barateou o acesso a armas no Brasil”.
Polícias
“Não concordo com a visão criminalizadora das polícias. Isso não é bom para o Brasil. Os maus têm que ser investigados e punidos, mas não julgar a instituição. Julgar as pessoas para que tenhamos um policiamento cada vez melhor no Brasil. Essa é a nossa luta”.
No mês passado, a Anistia Internacional divulgou nota pública criticando o governo da Bahia pelo número de mortes registradas no estado em confrontos com policiais. Levantamento da organização apontou 86 mortes em operações policiais no período de dois meses, o que significa quase duas mortes por dia.
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