Prova reúne 180 questões e uma redação dividida em dois diasReprodução

Faltando pouco menos de um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes de todo o Brasil entraram na reta final de preparação para a prova mais aguardada do ano. Serão 180 questões objetivas, uma redação e quatro áreas de conhecimento divididas entre os dias 5 e 12 de novembro.
Com o prazo apertado para revisar o conteúdo, o professor Igor Vieira, gestor da área de ciências humanas do colégio pH, tem algumas dicas importantes para que os mais ansiosos não se rendam ao desespero e consigam aproveitar as próximas três semanas para entrarem afiados na prova.
“É fundamental que o candidato perceba que o resultado do ENEM é uma construção de longo prazo. Porém, nesse momento que antecede o exame, é necessário que o estudante planeje bem seus últimos dias de preparação, atacando as principais deficiências”, aponta o docente.
Entre algumas etapas a serem seguidas estão entender quais segmentos da prova têm maior peso para a carreira pretendida, fazer a maior quantidade possível de questões das edições anteriores e treinar a produção de textos parecidos com os últimos exames. Veira também alerta para que os estudantes busquem um parceiro de estudos para tirar dúvidas e aprimorar o conhecimento.
“Uma estratégia eficiente é fazer as questões com nível de dificuldade e complexidade baixo primeiro e deixar os itens mais trabalhosos e complexos para o final. Assim, o candidato não perde tempo em questões com índice de acerto baixo e garante os pontos dos itens mais fáceis”, indica o professor.
Estratégia 
Disponíveis em diversos sites e aplicativos, a exemplo do Simulado Já Enem e Prepara Simulado Enem 2023, os simulados são as principais formas para que os candidatos testem os conhecimentos e compreendam quais modalidades e assuntos precisam ser estudados, sempre priorizando as questões mais fáceis de serem resolvidas, ao invés de quebrar a cabeça nas complexas.
“Fazer simulados baseados no modelo da prova é fundamental, além de te garantir um melhor controle do tempo, isso fará o aluno perceber no que pode melhorar”, afirma o professor de História do Colégio e Curso Zerohum, Fabio Ribeiro.
Ele explica que não há “fórmula mágica” e que o ideal é que o candidato não tenha deixado nada para a última hora, mas aponta que uma outra estratégia é separar questões do modelo da prova e cronometrar o tempo que leva para resolver. Isso ajudará no controle do tempo durante a prova.
Ribeiro também pontua que o melhor é dar prioridade às questões mais simples de serem resolvidas do que ficar “preso” nas consideradas complexas e acabar se estressando à toa.
“Manter a calma será sempre fundamental. A redação tem uma nota decisiva e não sai imediatamente. Outro ponto importante é entender que cada dia é um dia, e que o seu desempenho na 1ª aplicação não tem, necessariamente, relação com seu desempenho na 2ª. É um novo jogo”, pontua o professor do Zerohum.
Saúde em primeiro lugar
Entre todas as dicas apresentadas, a mais importante é sobre manter a cabeça no lugar e não entrar em pânico com a aproximação da prova. Tentar estudar tudo de uma vez e deixar de lado a própria saúde, seja mental ou física, pode acabar afundando a reta final de preparação. Meditação, técnicas de relaxamento e respiração e apoio profissional estão entre as medidas que os candidatos podem tomar caso não consigam lidar com a pressão de fazer a prova do Enem.
“É importante buscar autoconfiança e ter pensamento positivo. Isso ajuda a explorar o potencial máximo de efetividade na hora da prova. Como a prova do ENEM é muito extensa, é importante ter construído o hábito da leitura ao longo da preparação. Isso ajuda a não cansar tanto”, afirma o professor Paulo Pereira, do Colégio e Curso Zerohum.
Outro ponto importante é evitar olhar o gabarito entre as etapas. Evitar o martírio por um desempenho ruim no primeiro dia é fundamental para não quebrar a semana de preparação para o segundo teste. Gestora da área de Matemática do Ph, Jessica Rama também aponta a necessidade do candidato se preservar e não iniciar comparações com outros estudantes para não aumentar a ansiedade.
“Mantenha a calma e evite entrar em pânico. Não se lamente excessivamente sobre o primeiro dia; o tempo e a energia já gastos não podem ser recuperados. Concentre-se em se recuperar no segundo dia, que é igualmente importante. Ainda é possível obter uma boa pontuação no segundo dia. Reflita sobre o que deu errado e como pode evitar os mesmos erros na próxima etapa”, aconselha a docente.
 
*Matéria do estagiário Rodrigo Glejzer, sob a supervisão de Raphael Perucci