Alunos da USP decidiram manter a grave na terça-feira, 18Rovena Rosa/Agência Brasil

Em assembleia geral realizada ontem, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde 20 de setembro, votaram para continuar paralisados. O encontro aconteceu na quarta-feira, 18, e teve momentos de tensão, discordâncias e maior divisão entre os que defendem a saída da paralisação e os que apoiam a permanência.

Diferentemente das assembleias anteriores, a decisão não foi decretada por contraste, mas por contagem do votos, com placar de 387 a 215 em favor da extensão da greve contra a proposta de voltar às atividades, mas manter estado de mobilização.

Após rodadas de negociações com os alunos, a reitoria chegou a apresentar uma série de compromissos, como a admissão de 1.027 docentes (sendo mais de 140 vagas abertas de forma antecipada), o aumento no número de bolsas para alunos de baixa renda, uma construção de creche na USP Leste e a garantia de que nenhum curso será fechado por falta de professores.
Professores encerram paralização
Os professores da Universidade de São Paulo (USP) votaram na terça-feira, 10, para sair da paralisação que vem suspendendo as atividades acadêmicas da instituição há três semanas. A decisão foi tomada em assembleia geral, horas depois de a reitoria da USP publicar uma carta com compromissos que serão adotados para atender às reivindicações dos estudantes, que continuam em greve desde o último dia 20.
Em carta à reitoria publicado depois da assembleia, os professores, por meio da Associação dos Docentes da USP (Adusp) reconhecem que as negociações com a reitoria "promoveram avanços", como o anúncio da contratação de mais docentes — uma das principais pautas do movimento estudantil —, a garantia de que a USP não vai fechar nenhum curso por falta de profissionais, e também a promessa de que nenhum dos grevistas sofrerá represálias em virtude dos protestos.
No entanto, eles declaram ainda apoiar a greve dos estudantes, e defendem que mobilizações devem continuar, como um "envio de carta à Reitoria contendo balanço dos avanços obtidos pelo movimento estudantil, apontando a persistência de problemas que devem ser sanados e instando a Reitoria a receber a Adusp".
*Com informações do Estadão Conteúdo