Enel prometeu normalizar o fornecimento de energia nesta terça-feiraInternet/Reprodução

Ao menos 500 mil moradores da capital paulista e de 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo permanecem sem energia após o temporal da última sexta-feira, 3, segundo informou a Enel na manhã desta segunda-feira, 6. Conforme a Prefeitura de São Paulo, ao menos 125 árvores ainda precisam ser removidas com apoio da distribuidora de energia elétrica. Veja abaixo a lista dos bairros.
"As remoções contam com o apoio da concessionária, para desligamento da rede elétrica, ação que se faz necessária para preservar a vida dos servidores durante a remoção", disse a prefeitura por meio de nota.
Segundo a distribuidora de energia elétrica, as regiões mais afetadas na capital paulista foram as zonas sul e oeste da cidade, embora também haja relatos de falta de energia nas zonas Leste e Norte.
Até domingo, 5, cerca de 413 mil endereços ainda estavam sem luz na cidade de São Paulo, há mais de 60 horas. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido em toda a cidade até terça-feira, 7.
Na manhã desta segunda-feira, moradores do Butantã e também da Vila Mariana já estão há mais de 60 horas sem luz. A falta de energia também afeta o abastecimento de água em diversas regiões
As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte do Estado de São Paulo na sexta-feira também deixaram ao menos sete pessoas mortas. Em Osasco, na Grande São Paulo, duas árvores caíram sobre um muro na Avenida Luiz Rink, atingindo um veículo e matando uma pessoa que estava no interior do automóvel, de acordo com a Defesa Civil.
Na capital paulista, funcionários da limpeza, agentes das subprefeituras e equipes de iluminação pública e de reparos em semáforos continuam nas ruas para restabelecer a normalidade na capital paulista.
Às 22 horas de domingo, 5, o prefeito Ricardo Nunes publicou em suas redes alguns vídeos em que acompanhava o trabalho da Enel na Vila Clementino e na Vila Mariana, na Zona Sul da capital. "Situação muito difícil. Nossa equipe toda (está) na rua cobrando a Enel para restabelecer a cidade", disse nas imagens.
Por meio de nota a distribuidora de energia se posicionou. "A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira", destacou a empresa.
Falta de energia também afeta abastecimento de água
Em razão das fortes chuvas na tarde de sexta-feira, a falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequente, o abastecimento de água em diversas regiões.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou nesta segunda-feira que, com o restabelecimento da energia elétrica em pontos da capital e Região Metropolitana, os reservatórios da companhia de abastecimento nestas áreas iniciaram o processo de recuperação no domingo. A previsão, para os locais onde há energia, é que o abastecimento seja normalizado ao longo desta segunda-feira, podendo se estender até terça-feira em pontos mais críticos.
Os principais locais que tiveram energia restabelecidas e os reservatórios estão em recuperação são: Santo André, Mauá, Diadema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Guaianases, Americanópolis, Vila Clara, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Capão Redondo, Jd Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Santa Etelvina, Cidade Tiradentes, Morumbi, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana Savoy e Pedra Branca, em São Paulo. O retorno da água aos imóveis acontecerá de forma gradual.
Neste momento, existem pontos sem energia, afetando o abastecimento das seguintes principais localidades: Cotia, Osasco, Barueri e Taboão da Serra.
"A Sabesp continua trabalhando de forma emergencial para abastecimento dos locais críticos com caminhões-tanque", afirmou a companhia, que recomenda que os clientes priorizem o uso da água para higiene e alimentação até que o abastecimento esteja normalizado.