Ministros da Cultura do Mercosul assinam declaração contra o racismoDivulgação
A proposta, construída pela ministra Margareth Menezes, em exercício da presidência Pro Tempore do Mercosul Cultural, foi apresentada em encontro com os ministros da Cultura do Mercosul, em Belém (PA).
A declaração conjunta dos países considera que a desigualdade racial é um problema estrutural a ser enfrentado em toda a região, que incide tanto nas desigualdades econômicas como na influência das dinâmicas sociais, culturais e políticas, além de reconhecer a contribuição dos povos indígenas e afrodescendentes na formação social e na identidade cultural dos países do Mercosul.
A proposta também define a criação da campanha Mercosul sem racismo e o desenvolvimento de políticas culturais específicas para povos indígenas e povos de comunidades tradicionais para o combate às desigualdades e ao racismo.
A ministra Margareth Menezes reforçou que agora é hora dos países aprofundarem campanhas contra o racismo. “Pela cultura, nós podemos sensibilizar, podemos aprofundar mais, especialmente como ferramenta de combate a essas discriminações, misoginia, racismo, e lutar pelos direitos também das mulheres, das pessoas que mais precisam. A cultura é uma ferramenta potente para isso”, afirmou.
Os países se comprometeram a fortalecer a cooperação para assegurar o pleno exercício dos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos das pessoas discriminadas. Além de adotar ações afirmativas com perspectiva de gênero como ferramenta de combate as desigualdades raciais e promoção da democracia.
Reunião
Durante a reunião nesta quinta-feira, o Brasil passou a presidência do bloco de ministros da cultura para o Paraguai.
MICBR
* O repórter viajou para o MICBR a convite do Ministério da Cultura
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.