Paulino Franco de Carvalho, embaixador do Brasil no EgitoBruna Garcia/ANBA
'Foi grande a espera, mas ninguém estava parado', diz embaixador sobre resgate de brasileiros
Segundo Paulino Franco de Carvalho, as tarefas burocráticas mais complicadas já foram 'superadas' e a sensação do grupo é de 'alegria e alívio'
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho, disse em entrevista à CNN Brasil que foi grande o tempo de espera para resgatar os 32 brasileiros na Faixa de Gaza, mas destaca que "ninguém estava parado", com movimentações tanto a nível consular quanto presidencial.
"Todos estavam agindo, buscando contatos em todos os níveis com autoridades estrangeiras. A intensidade do conflito, onde poderiam haver bombardeios, tudo isso ultrapassava nossa capacidade de agir sem o apoio de terceiros. Mas contamos sempre com o contato de autoridades egípcias e israelenses", afirmou Carvalho. Ele acrescentou que outros países ainda não conseguiram tirar seus civis da região, como Noruega, Espanha, Rússia e China.
Segundo o embaixador, as tarefas burocráticas mais complicadas do processo de resgate dos brasileiros já foram "superadas" e a sensação do grupo é de "alegria e alívio". "Eles já estão na estrada. Pararam para comer alguma coisa e seguem para o Cairo, onde pernoitarão, e amanhã de manhã, assim que possível, embarcarão para o Brasil em um avião da FAB que já está no aeroporto do Cairo", disse.
Carvalho informou que há um compilado de mais nomes de brasileiros que podem estar interessados no resgate, mas que ainda "não disseram claramente se querem ou não sair" da região. "Nossa prioridade no momento é a saída desses 32 brasileiros. Uma coisa de cada vez", afirmou.
Questionado se os 32 brasileiros resgatados se encontrarão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o embaixador disse não ter essa informação. "Sei que eles irão até Brasília e serão recebidos por representantes do governo", disse Carvalho.
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