Lula discursando durante reunião no COP28 na sexta-feira, 1Ricardo Stuckert/PR
O documento, produto final do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC (AR6), resume o conhecimento científico sobre a mudança do clima, impactos e riscos generalizados, possibilidades de mitigação e de adaptação.
Conforme apresentação do relatório - assinada pelo Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, e pela secretária-geral adjunta das Nações Unidas e Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen -, o relatório síntese “confirma que o uso insustentável e desigual de energia e da terra, bem como mais de um século de queima de combustíveis fósseis, inequivocamente causaram o aquecimento global, com a temperatura da superfície global atingindo 1,1°C a mais que no período de 1850 – 1900 em 2011 – 2020.”
A previsão contida no texto é de que a temperatura global aumentará em 1,5°C na primeira metade da próxima década e “será muito difícil controlar o aumento da temperatura dentro de 2°C até o final do século XXI.” De acordo com o relatório, a limitação do aquecimento global exige zerar as emissões de gás carbônico (CO2) emitido na queima de combustíveis fósseis (como petróleo e carvão) e biomassa (como ocorre nas florestas brasileiras).
Tradução
Em nota, o CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira, assinala que “o relatório traduzido é um grande esforço e acerto de todas as partes envolvidas. Quando se trata de mudanças climáticas, é preciso ser muito objetivo e derrubar qualquer barreira, dentre elas, a da língua. Tornar as informações científicas acessíveis a mais pessoas, empresas e países traz todos para a ação e permite que tudo seja mais assertivo.”
De acordo com a ministra Luciana Santos (MCTI), a elaboração do Relatório Síntese “contou com a contribuição de diversos cientistas brasileiros nos grupos de trabalho e no processo de elaboração dos relatórios”.
Esse é o quinto documento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas traduzido pelo MCTI e pelo Pacto Global da ONU no Brasil. Já ganharam versões em português o “Relatório Especial do IPCC sobre o Aquecimento Global de 1,5°C”; o relatório sobre Mudança do Clima e Terra; o relatório O Oceano e a Criosfera em um Clima em Mudança; e o relatório Mudança do Clima 2021.
A CPLP foi criada em 1996 com o propósito de intensificar as relações entre os países falantes do português e também com a finalidade de difundir o idioma. A Declaração Constitutiva descreve que um dos objetivos da comunidade é “o incentivo à cooperação bilateral e multilateral para a proteção e preservação do meio ambiente, nos Estados Membros, com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável.”
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