Advogada Amanda Partata foi presa suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, em GoiâniaReprodução
Advogada é indiciada pelo homicídio de mãe e filho por envenenamento em Goiás
Amanda Partata é acusada de colocar substância 'extremamente tóxica' em doces para se vingar do filho de uma das vítimas após fim de relacionamento
A Polícia Civil de Goiás indiciou nesta sexta-feira, 29, a advogada Amanda Partata pelos assassinatos de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. Ela vai responder pelos crimes de duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, e por envenenamento e pela tentativa de homicídio qualificado do marido de Luzia, que não teve a identidade revelada.
De acordo com o relatório divulgado pela Polícia Científica de Goiás na quinta-feira, 28, Amanda teria colocado uma substância "extremamente tóxica" nos doces, geralmente utilizada na indústria e cujo nome não foi revelado por questões de segurança, e que pequenas quantidades já seriam capazes de "causar danos irreversíveis ao organismo".
No dia 17 de novembro, Leonardo e Luzia Tereza começaram a passar mal após comerem doces encomendados da confeitaria Perdomo Doces, em Goiânia, durante um café da manhã com Amanda. O marido da idosa também estava presente, mas não ingeriu nada durante a reunião. Com sintomas de vômito, dores abdominais e diarreia, mãe e filho foram encaminhados ao Hospital Santa Bárbara e internados, mas não resistiram e faleceram no mesmo dia.
As suspeitas recaíram sobre Amanda Partata, que chegou a ser internada junto a Leonardo e Luzia Tereza, mas foi liberada no mesmo dia. De acordo com o delegado Carlos Alfama, ela teria comprado diversos alimentos de café da manhã e levado para a casa das vítimas.
O objetivo seria se vingar do médico Leonardo Pereira Alves Filho, com quem teve um breve relacionamento de um mês e meio. Ele, inclusive, chegou a abrir um boletim de ocorrência após a ex-namorada perseguí-lo nas redes sociais com perfis falsos e utilizá-los para fazer ameçadas.
Inicialmente acusada de envenamento nos produtos, a Perdomo recolheu os lotes do doce consumido nas mortes e deu acesso irrestrito a rede do estabelecimento a Polícia Civil de Goiás e ao Procon. No entanto, nenhum dos orgãos conseguiram averiguar qualquer irregularidade e descartaram a participação da confeitaria no crime.
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