Empresa é acusada de violações a 'direitos e interesses coletivos e individuais' e 'práticas abusivas no mercado de consumo'Foto: Reprodução/Internet

O Ministério Público da Bahia (MPBA) ajuizou nesta quarta-feira, 10, uma ação civil pública em que acusa a empresa Air Europa Lineas Aereas por suposta 'postura arbitrária' com o não reembolso de passagens aéreas adquiridas em meio à pandemia da covid-19. A Promotoria vê violações a 'direitos e interesses coletivos e individuais' e 'práticas abusivas no mercado de consumo'.
A reportagem do Estadão encaminhou pedido de manifestação à Air Europa. O espaço está aberto.
A ação descreve outras condutas atribuídas à Air Europa, como o reembolso em valor inferior ao efetivamente devido e o estabelecimento de preços 'extremamente elevados' para a remarcação de voos cancelados pela própria companhia, 'exigindo vantagem exagerada dos consumidores'.
O Ministério Público também dá ênfase à imposição de vouchers de crédito aos clientes, mesmo quando eles pediam o reembolso devido, 'evidenciando-se o vilipêndio ao direito à informação e o aproveitamento da vulnerabilidade dos consumidores'.
A ação ressalta que a empresa 'não dispõe de meios de atendimento satisfatórios e eficientes para a resolução das demandas dos destinatários finais'.
A Promotoria pede à Justiça que, em relação aos voos cancelados pela empresa e em casos de desistência por parte do consumidor, assegure aos clientes o devido ressarcimento - seja por meio de reembolso ou crédito, conforme opção do consumidor.
Requer ainda que seja garantido aos consumidores um 'atendimento adequado, efetivo e satisfatório'.
A Promotoria também pede que a Air Europa Lineas Aereas pague R$ 50 mil como 'desestímulo e compensação pelos prejuízos extrapatrimoniais coletivos causados à sociedade' - valor que seria revertido para o Fundo Estadual dos Direitos do Consumidor
Outro pedido é para que a empresa indenize os consumidores que sofreram prejuízos materiais e morais 'em decorrência das práticas abusivas'.
O valor será indicado durante o curso da ação civil pública.
A Promotoria solicita a devolução, em dobro, dos valores 'indevidamente pagos pelos consumidores'.
Segundo a promotora Joseane Suzart, o Ministério Público chegou a propor à empresa a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a Air Europa não aceitou a oferta.
COM A PALAVRA, A AIR EUROPA LINEAS AÉREAS
A reportagem do Estadão fez contato com a Air Europa Lineas Aéreas, mas não havia recebido uma resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação da companhia