São Paulo - Um protesto do Movimento Passe Livre acabou com 13 detidos nos arredores da Praça da República, no Centro de São Paulo, na noite da última quarta-feira (10).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sete adultos e seis adolescentes estavam em posse de armas brancas como facas, facões, canivetes, soco inglês, sprays e gasolina. Os aparelhos celulares dos envolvidos também foram apreendidos.
Os adolescentes, que tinham entre 16 e 17 anos, foram apreendidos, enquanto os demais, todos com idade entre 21 e 23 anos, foram presos por associação criminosa. O caso foi registrado no 3º DP (Campos Elíseos).
A reportagem buscou contato com o MPL para entender se havia um posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até o momento dessa publicação. No entanto, o MPL utilizou suas redes sociais para criticar a ação da Polícia Militar durante o protesto.
De acordo com o movimento, ''as forças policiais tentaram nos amendrontar, revistando arbitrariamente manifestantes ali e nos arredores. Não adiantou. Sabemos bem que lutar é um direito e não arredamos o pé''.
Tentativa de queimar catraca
O MPL também admitiu ter tentado queimar uma catraca, como forma de protestar. De acordo com o próprio movimento, foram impedidos pela polícia.
''Chegamos ao destino final do ato, a estação Higienópolis-Mackenzie, aquela mesmo que a elite paulistana não queria que existisse, pois "gente diferenciada passaria a frequentar aquela região". Ali, a ideia era repetir a clássica queima simbólica de uma catraca. Mas, adivinhem: as forças policiais, defensoras das catracas, se sentiram ofendidas e fizeram questão de proteger uma catraca velha, impedindo a manifestação de realizar essa intervenção'', publicaram em sua rede social.
O protesto era contra o aumento de R$ 0,60 no valor das passagens de ônibus, trem e metrô, fazendo com que o valor chegasse a R$ 5.
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