Ex-candidato à presidência da República nas eleições de 2022, Padre Kelmon (PRD) Reprodução/Internet
O religioso disse que vive há 22 anos em São Paulo e que a chapa, formada por ele e pelo pastor evangélico, é a "união dos cristãos em defesa dos valores e princípios", e que, juntos, irão combater "ideologias de viés comunistas".
"Nós estamos inaugurando um novo jeito de se fazer política no Brasil, chega de política egocêntrica. Queremos introduzir a política ‘Cristocêntrica’."
Nas últimas eleições, Padre Kelmon se tornou candidato após a impugnação pela Justiça Eleitoral do ex-deputado Roberto Jefferson na disputa. Atualmente, o ex-parlamentar cumpre pena na prisão.
Vestindo insígnias e trajes religiosos, Padre Kelmon chamou a atenção do público durante os debates. Ele também ficou conhecido por tumultuar os confrontos entre os presidenciáveis. O postulante ao Palácio do Planalto bateu boca com o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi repreendido pelo jornalista William Bonner, da "TV Globo". "Peço desculpas ao público", disse o apresentador após o candidato interromper Lula reiteradas vezes.
Neste mesmo debate, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) taxou Kelmon de "padre de festa junina". A fala teve grande repercussão e se tornou o assunto mais comentado nas redes sociais naquele fim de primeiro turno.
Na campanha eleitoral, o político afirmava ser membro da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil, porém, em dezembro do mesmo ano, a instituição desligou Kelmon e o proibiu de ministrar missas em nome da igreja.
Candidato laranja
Em todos os debates que participou, Padre Kelmon elogiou o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e atacou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem chegou a discutir fora dos microfones. O petista o chamou de "laranja". Após a fala, o candidato da direita negou que tenha servido de apoio a Bolsonaro.
Padre sairá como candidato pelo PRD
Neste pleito, Padre Kelmon se candidatará em nova sigla, o Partido da Renovação Democrática (PRD). A legenda é fruto da fusão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou no fim do ano passado a iniciativa.
Os dois partidos, orientados politicamente à direita, optaram pela fusão como uma forma de não serem afetados pela cláusula de barreira. A medida exige que os partidos alcancem no mínimo 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados a nível nacional ou elejam 11 deputados federais para que tenham direito a acessar recursos públicos do fundo partidário e a propaganda gratuita em rádio e TV nas eleições.
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