O senador Rogério Marinho articula um projeto para anistiar parlamentares investigados Roque de Sá/Agência Senado
Senador bolsonarista defende anistia para 'apaziguar' País após operações contra deputados
Rogério Marinho reagiu às ações da Polícia Federal que atingiram parlamentares aliados do ex-presidente
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta quarta-feira, 31, que ele e outros parlamentares da oposição apresentaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um conjunto de propostas para resguardar as prerrogativas dos congressistas. A reunião com Pacheco ocorreu após dois deputados do PL serem alvos de operações da Polícia Federal nas últimas semanas. Marinho também defendeu um processo de anistia como uma forma de "apaziguar" o País.
O senador não explicou quais seriam todos os itens dessa agenda. Limitou-se a dizer que o fim do foro privilegiado estaria nessa pauta e que seria preciso haver a definição de uma agenda comum entre Câmara e Senado para que o assunto avance.
Para que isso ocorra, Marinho disse que os parlamentares da oposição pediram que Pacheco dialogue com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para garantir que essa pauta avance também na Câmara.
O líder da oposição defendeu que seja levada adiante uma agenda que "fortaleça as prerrogativas dos parlamentares". Para ele, "se trata de resguardar a democracia e reafirmar as prerrogativas do Congresso". Nas últimas semanas, operações atingiram os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marinho disse ser favorável à discussão de um processo de anistia como uma forma de "apaziguar" o País. "De 1890 para cá, houve 40 processos de anistia. A ex-presidente Dilma foi presidente porque foi anistiada. Miguel Arraes e Leonel Brizola foram governadores porque foram anistiados. Vários parlamentares exerceram mandatos porque foram anistiados. Essa é a cultura do Brasil, do apaziguamento, sem que haja possibilidade de que aqueles que cometeram crimes sejam processados da maneira adequada, mas dentro da lei, e não se considerando uma perseguição a um grupo político", afirmou.
O senador disse, também, que os parlamentares presentes na reunião com Pacheco demonstraram preocupação com a forma como alguns inquéritos têm sido conduzidos no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes. Os congressistas fizeram uma demanda semelhante ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, recentemente.
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