Caso do estupro em Guarujá envolvendo PMs está em segredo de justiçaDivulgação / Polícia Militar

A Polícia Militar informa que instaurou uma sindicância para apurar a participação de 11 policiais militares no crime de estupro contra uma mulher, de 33 anos, no dia 10 de agosto de 2023 no Guarujá, litoral de São Paulo. O crime só foi registrado em dezembro na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital paulista. Foram requisitados exames sexológico e médico para a vítima. A investigação está sob segredo de justiça.
De acordo com relatos da mulher, ela participava de um churrasco em uma casa alugada por policiais no bairro Balneário Praia do Pernambuco. Inicialmente, a vítima topou ter relações sexuais de forma consensual com um dos presentes, mas apagou em um dos quartos.
Em seguida, ela foi violentada por diferentes pessoas até um amigo intervir. A mulher desconfia que este rapaz, o único que não é PM, também teria se aproveitado da situação e acredita que foi dopada ao ingerir as bebidas do local.
Após deixar a festa, a vítima foi até um posto de saúde devido aos ferimentos pelo corpo, mas não deu sequência no tratamento por medo de represálias. De acordo com o portal g1, ela teria interrompido uma gravidez proveniente dos estupros. A decisão veio logo após a descoberta, em dezembro, e ela procurou orientação em uma unidade de saúde em Guarujá.
A mulher ainda afirma que os suspeitos entraram em contato para tentar negociar um suborno pelo fim do inquérito. Representado por um dos PMs, o grupo chegou a oferecer R$ 30 mil pelo silêncio da vítima sobre o caso.