Doença apresenta conjunto de sintomasDivulgação
Segundo o Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), são sinais e sintomas de leucemia entre crianças e adolescentes: palidez, fadiga, febre, dor nos ossos e nas articulações, manchas roxas (hematomas), sangramentos espontâneos, o aparecimento de ínguas, dor abdominal, dor de cabeça, vômitos, falta de apetite contínua, perda de peso e aumento de volume dos testículos entre os meninos.
''Como esses sinais e sintomas são semelhantes aos de outras doenças, os familiares devem prestar atenção e procurar a ajuda de um médico pediatra, o qual deve suspeitar do diagnóstico e encaminhar o caso com rapidez a um onco-hematologista em centro de referência para o diagnóstico preciso e início do tratamento”, complementa Carvalho Filho.
Entre os subtipos de leucemia estão a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), que é mais comum na infância (75% dos casos), mas que se diagnosticada precocemente e tratada de maneira adequada apresenta uma sobrevida superior a 80%; a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), representando aproximadamente 20% dos casos; e, mais raramente, a Leucemia Mieloide Crônica (LMC), somando cerca de 5% dos casos. Outro subtipo ainda mais raro é a Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ).
A médica Ana Luiza de Melo Rodrigues, oncopediatra e membro da SOBOPE, explica que a leucemia pode surgir sem fator predisponente ou aparecer de forma secundária, após um tratamento prévio com quimioterapia, e ainda pelo contato com substâncias tóxicas à medula óssea, como os agrotóxicos e o benzeno.
Diagnóstico e tratamento
Ao ser diagnosticada a leucemia, é iniciado o tratamento, que segue protocolo específico de acordo com o subtipo da doença. Pode ser indicada a quimioterapia, a imunoterapia e até mesmo o Transplante de Medula Óssea (TMO). A radioterapia é utilizada especificamente para tratamento dos casos que envolvem o sistema nervoso central ou testículos, conforme protocolo.
Para o médico oncopediatra e presidente da SOBOPE, o fevereiro laranja traz a conscientização para a importância da divulgação dos sinais e sintomas e do tratamento em centros especializados por equipe multiprofissional treinada. “É preciso uma força tarefa de médicos, outros profissionais de saúde e familiares para que as crianças e adolescentes com leucemia consigam ser assistidos com agilidade e da melhor maneira possível, a fim de que as possamos ofertar as melhores chances de cura”, conclui.
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