Guarda atira em dois colegas em base de Cotia Reprodução / Google Maps
Guarda civil mata agente após discussão e se suicida na Grande SP
Crime teria sido motivado pela não apresentação de um certificado
Um agente da Guarda-Civil Municipal (GCM) de Cotia, na Grande São Paulo, abriu fogo contra dois colegas na sede da corporação, na manhã desta quarta-feira, 7. Na sequência, o atirador, identificado como Nelson Fan dos Santos, de 46 anos, tirou a própria vida. Um dos agentes baleados, o inspetor Carlos Roberto Pires Haddad, de 56 anos, foi a óbito, e o subcomandante Luciano Stephano de Oliveira Leite precisou ser hospitalizado - ele não corre risco de morte.
A Polícia Civil investiga o caso. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os tiros foram disparados após uma discussão entre os agentes. Segundo a prefeitura de Cotia, informações preliminares indicam que o agente Nelson Fan e o subcomandante Luciano Stephano se desentenderam por causa da ausência de um certificado que Fan deveria apresentar para a manutenção do seu porte de arma - o GCM cumpria serviço operacional.
Durante a discussão, o inspetor Carlos Roberto Pires teria tentado acalmar a situação, mas foi alvejado na cabeça. O subcomandante Luciano Stephano acabou sendo atingido por diversos disparos e precisou ser levado ao Hospital Regional de Cotia. Ele não corre riscos de morte e deverá passar por procedimento cirúrgico no braço, segundo a prefeitura. Stephano é formado em Gestão de Segurança Pública e está há 19 anos na Guarda Civil Municipal.
O GCM que abriu fogo contra os colegas atentou contra a própria vida na sequência. A arma usada por Nelson Fan, segundo a administração municipal, era de uso pessoal e estava em seu carro particular. O caso aconteceu na sede da corporação, no bairro Quinta dos Angicos. "O local está sendo preservado para a perícia e a ocorrência está sendo apresentada na Delegacia de Cotia", informou a SSP em nota.
A Prefeitura de Cotia decretou luto oficial de três dias em virtude da morte dos guardas civis. O prefeito Rogério Franco (PSD) definiu o caso como uma "grande tragédia" e também prestou solidariedade aos familiares das vítimas e aos guardas civis municipais. "Estamos ainda apurando os fatos, mas toda administração já (está) envolvida para dar apoio aos familiares dos guardas que foram envolvidos nessa ocorrência", disse Franco em vídeo publicado nas redes sociais na começo da tarde desta quarta.
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