Músculos representam de 40% a 50% do peso de um adultoFernando Frazão/Agência Brasil

Eles regulam os níveis de glicose, a temperatura corporal e o metabolismo, além de auxiliar no processo de emagrecimento, no combate a doenças metabólicas e cardiovasculares, reforçam a defesa do organismo, melhoram a memória e ajudam a prevenir Alzheimer, Parkinson e vários tipos de câncer e ainda contribuem para melhorar nossa saúde mental. Tratam-se dos músculos.

Segundo o nutricionista funcional, Diogo Cirico, o ganho de músculos vai muito além da questão estética, da mobilidade e da força. "Eles são indispensáveis para quem quer viver mais e com melhor qualidade de vida", resume Cirico.

O nutricionista explica que não faltam evidências científicas do poder da massa muscular. Um estudo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition em 2014 relacionou uma baixa massa muscular com uma probabilidade maior de morte.
Isso levou os cientistas a afirmarem, em 2018, na revista científica Annals of Medicine, que a massa muscular deveria ser considerada um sinal vital, como a pressão sanguínea.
Mas por que os músculos são tão importantes? A resposta está nas miocinas, substâncias produzidas durante a atividade física e que desempenham um papel fundamental na longevidade. O nutricionista explica que o nosso corpo é composto por cerca de 600 músculos, que representam de 40 a 50% do nosso peso total. Essa massa muscular é responsável por realizar movimentos, sustentar nosso esqueleto e armazenar energia na forma de glicogênio.

Durante a contração e o relaxamento das fibras musculares, uma série de eventos ocorre, gerando subprodutos conhecidos como miocinas. "Elas agem como mensageiros, comunicando-se com diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Dependendo do tipo de exercício, sua duração e intensidade, diferentes miocinas são produzidas e direcionadas para atuar em áreas específicas", detalha o especialista.