Governo Federal definiu, no último mês, que deve haver variedade de feijões nas cestas básicasReprodução

O feijão é um dos alimentos mais tradicionais da mesa brasileira. Sua grande diversidade de cores, tamanhos e sabores oferecem benefícios nutricionais importantes para a saúde, já que o grão é rico em vitaminas B e C, e também fonte de proteína, carboidratos e minerais, como o ferro. Diante dessa variedade de benefícios à saúde, o governo federal definiu mês passado que feijões de todas as cores deverão fazer parte da lista de itens da nova cesta básica nacional, junto de leguminosas como ervilha, lentilha, grão-de-bico, entre outras.

Por conta disso, Mauro Bortolanza, fundador de uma empresa que distribui toneladas de feijão pelo país, defende que a nova determinação reforça a potencialidade do grão. "A novidade envolvendo a cesta nacional tem capacidade grande de contribuir com um cenário melhor para saúde do brasileiro, principalmente em relação ao consumo de ultraprocessados. Trazer todos os tipos de feijão nela também reforça o que temos propagado há alguns anos, que feijão é extremamente nutritivo em todas as suas formas", comenta o executivo especialista em grãos há 25 anos.

Com esse cenário positivo, conheça a seguir as principais diferenças entre alguns dos grãos que farão parte da cesta e principalmente em relação aos seus benefícios nutricionais:

Feijão-preto: muito consumido no Rio de Janeiro e no Sul do país, possui a maior quantidade de fibras alimentares ajudando no funcionamento do intestino. Famoso por ser o ingrediente principal da feijoada que agrada todos os brasileiros, também é considerado um grande aliado no combate ao estresse, já que é rico em vitaminas e minerais que ajudam a combater o desânimo e levando a um maior bem-estar.

Feijão-branco: com grãos maiores e sabor suave, o feijão-branco é muito usado em sopas, saladas, refogados e feijoadas. Quando consumido em doses menores na forma de farinha, diminui a absorção de carboidratos e ajuda a emagrecer, beneficiando também pessoas com diabetes.

Feijão-carioca: o feijão-carioca só existe no Brasil e o mais consumido pelos brasileiros. Existem duas teorias a respeito do seu nome, a primeira seria a semelhança de suas listras com o calçadão de Copacabana, por isso carioca. A outra história é que, na verdade, foi inspirado no porco carioca, raça com a mesma cor do grão. Independente de onde vem seu nome, o grão oferece benefícios importantes à saúde, já que contém alto nível de fibra e proteína, além de cálcio e ferro, que ajudam no combate à anemia.

Feijão-fradinho: o feijão-fradinho é rico em fibras e muito nutritivo, sendo comumente utilizado para acompanhar saladas e no preparo de pratos tradicionais como acarajé.

Feijão-de-corda: o feijão-de-corda é popular nas regiões norte e nordeste do país, junto de Minas Gerais. Pode ser desfrutado em pratos conhecidos como acarajé e baião-de-dois. Por ser um grão que não produz caldo, é muito consumido como aperitivo também.

Feijão-rajado: o feijão-rajado é caracterizado por grãos graúdos e rosados com listras vermelhas que remetem ao seu nome. Fonte de proteínas e fibras, auxilia no controle dos níveis de açúcar e colesterol no sangue. Com um sabor leve e adocicado, a consistência cremosa é recomendada para o preparo de sopas e ensopados em dias de inverno.
Além de feijão de todas as cores, a cesta nacional deve conter ervilha, lentilha, grão-de-bico, fava, guandu, orelha-de-padre; cereais, raízes e tubérculos; legumes e verduras in natura ou embalada, fracionados, refrigerados ou congelados.
Também vai contar com frutas in natura, frescas, secas embaladas, fracionadas, refrigeradas, congeladas e polpas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleos e gorduras; café, chá, mate e especiarias. Os alimentos ultraprocessados foram vetados por conta do risco de doença cardiovascular, síndrome metabólica e obesidade.