Minas Gerais - Um médico, de 37 anos, foi flagrado masturbando um paciente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. O caso aconteceu na última sexta-feira (12). O homem, que não teve o nome divulgado, também é procurado pela polícia por um outro caso de importunação sexual cometido em janeiro deste ano.
Segundo o histórico policial, a vítima foi à UPA São Benedito por volta das 13h se queixando de dores na perna. Ele foi atendido às 16h.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o jovem, de 22 anos, contou que o médico fechou a porta e começou a apalpar as pernas, virilha e abdômen do paciente.
Em seguida, o profissional de saúde teria se abaixado, tocado o órgão sexual do paciente e iniciado a masturbação. Uma funcionária da unidade, que estranhou a demora, olhou por debaixo da porta e flagrou o abuso.
A vítima chegou a questionar o médico sobre o procedimento, que respondeu "ser normal". Após ser flagrado, o profissional saiu da sala e fugiu da unidade, sem dar satisfações e deixando o carro para trás.
"Não foi possível localizar o autor. Ele já tinha se retirado do local. Fizemos o registro para as devidas providências", disse a tenente Cássia Souza, da PM.
Após análise policial, foi constatado que o médico possui histórico com esse tipo de conduta. Ele, inclusive, tinha um mandado de prisão em aberto, emitido no dia 30 de janeiro, pelo crime de violência sexual mediante fraude.
Em nota, a Prefeitura de Santa Luzia informou que enviou um representante da Secretaria Municipal de Saúde e tomou as providências cabíveis.
"O possível agressor não mantém vínculo profissional direto com a Administração Pública Municipal e sim com empresa legalmente contratada para a prestação de serviços médicos à população. Sendo que a contratada já foi provocada na perspectiva de prestar esclarecimentos imediatos acerca da contratação dos funcionários, bem como de detalhar sobre o controle e fiscalização das condições de habilitação profissional dos mesmos", diz a prefeitura.
Já a Medplus, empresa terceirizada responsável pela contratação, disse que recebeu a notícia "com surpresa e repúdio" e que o médico não tinha nenhuma restrição na época em que foi contratado, em outubro de 2023.
Completou dizendo que o profissional foi suspenso assim que tomaram conhecimento da denúncia, pois repudia atos como este, reiterando o compromisso com a ética e o profissionalismo. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.