Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)José Cruz/Agência Brasil
Publicado 21/04/2024 16:56 | Atualizado 21/04/2024 16:58
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não compareceu à manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo, 21, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Embora sua presença fosse considerada certa pela organização do evento na véspera, o chefe do Executivo paulista ainda não justificou publicamente a ausência.

Pouco depois do fim do ato, Tarcísio publicou nas redes sociais um vídeo da manifestação, parabenizando Bolsonaro pelo evento e afirmando que o ex-presidente "sempre" poderá contar com ele.
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"Esse mar verde amarelo é um reconhecimento das transformações que a gente viu acontecer na gestão de @jairbolsonaro", escreveu no X (antigo Twitter) e também no Instagram. Na publicação, ele não menciona a ausência.

O Estadão tentou contato com Tarcísio por mensagem, porém não obteve resposta até a publicação deste texto. Da mesma forma, a Secretaria de Comunicação do governo do Estado foi contatada, mas também não retornou. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.

"(Bolsonaro) é mais que a maior liderança brasileira, é um movimento cada dia mais forte e que seguirá levando multidões por onde passar. Mais um grande dia!", frisou o governador.

O ato em defesa de Bolsonaro foi marcado por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e por manifestações de gratidão ao empresário Elon Musk, dono do X, da Tesla, da SpaceX e da rede de satélites Starlink.

No discurso, Bolsonaro descreveu o empresário como um "mito da liberdade", elogiou Tarcísio e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe de governo. O ex-presidente, atualmente sob investigação por suposta tentativa de golpe de Estado, delegou a aliados os ataques ao ministro Alexandre de Moraes e insinuou que a pressão que tem enfrentado é uma tentativa de "concluir o trabalho de Juiz de Fora", referindo-se ao atentado sofrido por ele em 2022.

O ex-presidente voltou a minimizar a minuta do golpe, documento encontrado pela Polícia Federal (PF) Segundo a investigação, Bolsonaro não só tinha conhecimento como também editou o texto que poderia ser usado para justificar uma ruptura sem motivos legais.
"É uma proposta que o presidente dentro de suas atribuições constitucionais pode submeter ao Congresso brasileiro. O presidente só baixa decreto depois que o Parlamento der o sinal verde", disse.

Ao final dos discursos, Bolsonaro posou para fotos de braços estendidos com aliados que estavam no palanque. Boa parte deles vai disputar as eleições de 2024. Na corrida pela prefeitura do Rio, o deputado Alexandre Ramagem deverá ser o representante do bolsonarismo.
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