Rodrigo Lopes (à esquerda)Reprodução / Internet
Jornalista sai de rádio ao vivo para retirar carro de rua alagada em Porto Alegre
Rodrigo Lopes, do Zero Hora, precisou interromper sua participação ao saber que o entorno do prédio onde fazia transmissão começavam a ser 'tomadas pela água'
O jornalista Rodrigo Lopes, do Zero Hora, precisou interromper sua participação em um programa ao vivo da Rádio Gaúcha (Grupo RBS), na tarde desta segunda-feira, 6, ao saber que o local onde seu carro estava estacionado, nos entornos do prédio onde funciona o jornal, em Porto Alegre, poderia ficar alagado.
A informação foi dada pelo jornalista Maurício Saraiva, que fez o alerta ao vivo durante a programação. Com tom de urgência, ele informou aos colegas, Rodrigo Lopes e Kelly Mattos, apresentadora do programa, que ruas das proximidades de onde estavam começavam a ser "tomadas pela água".
"A Rua Zero Hora está absolutamente alagada. Atrás da nossa entrada de serviço não passa mais carro com roda (água) acima do pneu. Então, quem estiver com o carro lá, vá agora retirar o carro", afirmou. "A Rua Freitas de Castro está toda tomada de água", disse Saraiva.
Ele relatou aos colegas de bancada que, ao ver a rua alagada, conseguiu estacionar seu veículo em um local mais elevado, como medida de segurança. Após a informação dada pelo jornalista, Rodrigo Lopes se levantou e deixou o programa com semblante de preocupação, ao mesmo tempo que Kelly liberava o colega da bancada. O jornalista não retornou.
Antes de Maurício Saraiva alertar sobre o acúmulo de água, Rodrigo Lopes comentava sobre a situação do Centro Histórico de Porto Alegre, tomado pelos alagamentos na sexta-feira, 3, após o transbordamento do Rio Guaíba, na capital gaúcha.
Ele esteve no local e descreveu a região, que costuma ser barulhenta, em um cenário "pós-apocalíptico". "Era um silêncio absurdo", relatou.
As fortes chuvas vêm castigando o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. De acordo com a Defesa Civil, 85 morreram em decorrência da tragédia, já considerada a maior do Estado, e 134 estão desaparecidas.
De acordo com o último balanço do órgão, mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, e 200 mil estão fora de suas casas (153,8 mil estão desalojadas e outras 47,6 mil estão em abrigos públicos).
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