Devastação na cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do TaquariReprodução / Internet
A enchente no Rio Taquari atingiu 33 metros, superando em quatro metros o recorde de um série histórica de 150 anos, segundo a MetSul, agência de informações meteorológicas do Rio Grande do Sul. A forte correnteza levou tudo o que estava numa faixa de até 150 metros do rio: casas, árvores, postes, veículos, animais e gente. "De muitas casas, não sobrou um único tijolo. Até o piso e o alicerce foram tirados pela força da água", disse Nascimento.
A Metsul comparou as imagens aéreas da destruição ao cenário causado por um furacão de categoria 5, a escala máxima desses fenômenos, com ventos de 300 a 400 km/h.
Na segunda-feira, 13, uma nova enchente, com quase 28 metros, voltou a atingir a área destruída. Algumas escolas que tinham voltado a funcionar suspenderam as aulas. A prefeitura contabiliza quatro escolas destruídas pela enchente. Outras duas tiveram danos parciais. Para sair do foco da tragédia, cerca de 800 alunos estão tendo atividades em abrigos e outros espaços.
Uma comitiva de Pomerode, cidade de Santa Catarina que "adotou" Cruzeiro do Sul e vai ajudar na reconstrução da cidade-irmã, visitou as áreas atingidas na segunda-feira. "É uma situação dramática e inacreditável. Metade da cidade foi atingida e será preciso reconstruir cerca de mil casas. O pessoal está desolado e desmotivado. Pomerode acabou levando um pouco de esperança para eles", disse o prefeito da cidade catarinense, Ércio Kriek (DEM).
O prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius (MDB) contou que vai adquirir ou desapropriar uma área para que os moradores que perderam as casas e tiverem condições iniciem rapidamente a nova construção.
"Nossa preocupação é agir rápido para que aquelas pessoas tenham algum consolo e alguma esperança", disse. Ele reafirmou que a prefeitura não permitirá que a população volte a construir em regiões de risco para novas inundações do Taquari. "Temos de evitar a qualquer custo uma nova devastação", disse. A nova área fica na Linha Primavera, em local alto e mais distante do rio.
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
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