Passarela flutuante instalada entre Arroio do Meio e Lajeado, no Vale do TaquariAFP

As Forças Armadas instalaram ao menos duas passarelas flutuantes para a ligação de municípios que estavam praticamente isolados no interior do Rio Grande do Sul. A medida foi tomada após chuvas extremas, deslizamentos e enchentes destruírem pontes, estradas e outros acessos em diferentes partes do território gaúcho.
Uma das passadeiras foi instalada sobre o Rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelo desastre climático. Segundo o Exército, cerca de 1,2 mil pessoas utilizaram a passarela na manhã desta quarta-feira, 15.
A travessia foi implantada pelo 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado na noite de terça-feira, 14. Ao todo, a estrutura tem 90 metros de extensão.
Outra estrutura semelhante foi instalada na madrugada de quinta-feira, 9, pelo 12° Batalhão de Engenharia de Combate Blindado. A travessia liga Faxinal do Soturno e São João do Polêsine, na região da Quarta Colônia, nas proximidades de Santa Maria.
Com uma base de alumínio e apoio de cordas, a passarela está acima do Rio Soturno e tem 60 metros de extensão. O caminho substitui provisoriamente uma travessia que antes era feita por uma ponte, impactada pelas enchentes.
"Os trabalhos tiveram início com a preparação das margens para que a tropa pudesse descarregar as equipagens da passadeira de alumínio e mobiliar o canteiro de trabalho. Após a preparação inicial, os militares lançaram o cabo guia durante a madrugada, impedindo que a passadeira fosse levada pela correnteza", destacou o Exército em comunicado.
Há ao menos 142 bloqueios em rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul, segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar. Além disso, vias e avenidas estão com o fluxo interrompido em diversos municípios gaúchos, principalmente na região metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com a Defesa Civil, mais de 2,1 milhões de pessoas em 449 municípios foram afetadas pela tragédia ambiental. Pelo menos 76,5 mil estão em mais de 800 abrigos, enquanto outros 538,2 mil estão na residência de amigos, familiares e conhecidos