Presidente também amenizou, dizendo que Esther é 'uma mulher extraordinária' e "fantasticamente competente' Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou, nesta quarta-feira, 15, a atuação da ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck. Segundo o petista, não sabe como a ministra não foi vaiada por não ter conseguido "resolver o problema do acordo dos professores". A declaração de Lula foi durante evento realizado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
A fala de Lula diz respeito às paralisações feitas pelos professores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas brasileiras que reivindicam reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024.
"Eu não sei como a gente está numa faculdade e você não tomou uma vaia aqui, porque não conseguiu resolver o problema do acordo dos professores", disse Lula, em tom de brincadeira, à ministra que "negocia as greves". Amenizando a situação, o presidente completou que Esther é "uma mulher extraordinária" e "fantasticamente competente".
A declaração do presidente ocorreu em evento voltado ao anúncio de medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul e auxílio às famílias atingidas pelas enchentes que já afetaram mais de 2,1 milhões de gaúchos. Durante o discurso, Lula também afirmou que não sabia que existiam tantas pessoas negras no Estado e ainda fez menção à divergência de liberação de recursos entre o governo federal e o governo estadual, sob gestão de Eduardo Leite (PSDB).
Sobre a greve nas universidades e institutos federais, o chefe do Executivo já havia dito, em entrevista concedida no dia 7 de maio, que a situação não lhe "encanta" e, assim como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), Esther também queria "negociar o mais rápido possível".
Ainda na quarta-feira, 15, o governo apresentou uma nova proposta de reajuste salarial aos servidores públicos que pode chegar a 31% até 2026. No entanto, caso os valores sejam aceitos, eles passam a ser pagos apenas a partir do ano que vem. A proposta foi detalhada pelo secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo, em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).