Aviões militares foram enviados para ajudar as mais de 40 cidades que estão em alerta máximoMarcos Corrêa/PR
Ministério da Defesa mobiliza aviões militares para combater incêndios em São Paulo
Quatro aeronaves foram inicialmente utilizadas, incluindo um Embraer KC-390, originalmente projetado para o transporte de tropas
O Governo Federal anunciou neste domingo (25) que está enviando aeronaves militares para ajudar a combater os incêndios florestais que assolam o estado de São Paulo, onde mais de 40 cidades estão em alerta máximo.
"Atendendo a orientação do Presidente @LulaOficial, visando apoiar as ações do estado de São Paulo no combate às queimadas que atingem dezenas de municípios paulistas, solicitamos ao @DefesaGovBr a mobilização de apoio com aeronaves para combate e monitoramento de áreas atingidas", publicou o ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no X.
Ele disse que quatro aeronaves foram inicialmente utilizadas, incluindo um Embraer KC-390, originalmente projetado para o transporte de tropas, mas convertido em um bombardeiro de água com capacidade de 12.000 litros.
A situação é particularmente preocupante em Ribeirão Preto, a 300 quilômetros da capital e importante cidade do agronegócio.
Vários vídeos que circulam nas redes sociais mostram Ribeirão Preto mergulhada na escuridão no sábado, desde o final da tarde, com uma espessa camada de fumaça e fortes rajadas de vento.
Dois trabalhadores de uma fábrica morreram na sexta-feira em Urupês, no norte do estado, enquanto combatiam um incêndio.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou estado de emergência em 45 municípios na noite de sábado e anunciou que 10 milhões de reais serão destinados a ajudar os produtores rurais cujas plantações ou criações foram afetadas pelos incêndios.
De acordo com dados coletados por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado de São Paulo vive o pior mês de agosto em termos de queimadas desde o início dos registros, em 1998, com 3.480 focos identificados. Esse número é mais do que o dobro do total registrado no ano passado.
A propagação de incêndios é favorecida por um período prolongado de seca no estado de São Paulo, mas também na Amazônia, onde os incêndios florestais devastam a terra.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.