Macaé Evaristo, nova ministra dos Direitos HumanosGabriela Korossy/Agência Câmara

A escolhida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para o comando do Ministério dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, afirmou que há muito trabalho pela frente para ser feito na pasta diante dos grandes desafios que têm o Brasil na área. Ela, porém, disse seguir com esperança, com compromisso de uma vida na luta por direitos.
"É com muita honra que aceitei, nesta segunda-feira, o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania", escreveu a nova ministra nesta segunda-feira, 9, em publicação no Instagram. "Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta direitos."
No período da tarde, Lula convidou a deputada estadual para chefiar a pasta dos Direitos Humanos. A nomeação de Macaé para o comando do ministério será publicada ainda nesta segunda-feira em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), afirmou a Secretaria de Comunicação Social (Secom).
O Ministério dos Direitos Humanos está atualmente sob chefia interina de Esther Dweck, que acumula cargo também na liderança do Ministério da Gestão. Ela acumulou as duas funções depois de Silvio Almeida ser demitido na sexta-feira, 6, após virem à tona acusações de assédio sexual feitas à ONG Me Too Brasil - ele nega. Entre as vítimas de assédio estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Com a oficialização da nomeação de Macaé nesta segunda-feira, Dweck manterá apenas o comando da Gestão.
A escolha de Macaé foi uma forma de encerrar o assunto das acusações de assédio sexual contra o então ministro Silvio Almeida. Colocar uma mulher negra no cargo é uma resposta ao desgaste sofrido pela gestão Lula nos últimos dias por causa das acusações. Além disso, reduzem as cobranças sobre o petista por falta de mulheres no primeiro escalão.
Também foram especuladas para o posto dos Direitos Humanos a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a ex-ministra Nilma Lino Gomes. Ao menos Benedita teria indicado não ter interesse no cargo, apurou a reportagem.