Análise coincide com a da Companhia Ambiental do Estado de São PauloReprodução/redes spcoaos

Pelo segundo dia consecutivo, a qualidade do ar em São Paulo foi considerada a pior do mundo, conforme a empresa suíça de tecnologia IQAir, que monitora as condições da poluição em grandes cidades. O ranking de 120 metrópoles publicado no site da plataforma indica que nesta terça-feira, 10. São Paulo ocupava o topo na lista, seguida de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e Jerusalém, em Israel. Na véspera, a cidade já havia figurado em primeiro lugar na parte da manhã.
A empresa suíça é especializada em tecnologia da qualidade do ar e organiza o ranking de 120 grandes cidades do mundo com dados gerados por estações operadas pelos governos locais, instituições de pesquisa regionais e organizações sem fins lucrativos. A classificação segue parâmetros de qualidade americanos.
A análise coincide com a da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). De acordo com o site da instituição, a qualidade do ar nesta terça na região metropolitana de São Paulo, de forma geral, é "muito ruim", com possibilidade de "aumento de sintomas respiratórios para a população em geral".
Das 22 estações de medição na região metropolitana, cinco registram a classificação "muito ruim", 14 são apontadas como "ruins" e quatro como "moderada". A classificação da qualidade do ar pela Cetesb vai de boa a péssima, passando por moderada, ruim e muito ruim.
A qualidade do ar está muito ruim devido à suspensão de material particulado oriundo das queimadas que ocorrem em todo o País. Este material está sendo carreado para o Sudeste, segundo o órgão. Por outro lado, as condições meteorológicas não estão favorecendo a dispersão dos poluentes, por conta da estiagem e dos ventos fracos, acrescenta.
Nessa classificação, de acordo com a Cetesb, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças podem ter os sintomas agravados. A população em geral pode apresentar sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço. A indicação é reduzir o esforço físico pesado ao ar livre O tempo seco e a onda de calor devem continuar em São Paulo, ao menos, até domingo, dia 15.