Eduardo Leite, governador do Rio Grande do SulArquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou na manhã desta quarta-feira (23) sobre o ataque a tiros que deixou três pelo menos três mortos e nove feridos, no município de Novo Hamburgo, na noite de terça-feira (22). O atirador, identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, matou o próprio pai e o irmão. O policial da Brigada Militar (BM) Everton Kisch Júnior, 31, também foi morto na ação.
"A BM agiu com firmeza e o atirador foi morto, evitando consequências ainda maiores. O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas", escreveu Eduardo Leite. "Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos", acrescentou.

"Sigo em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, acompanhando os desdobramentos dessa triste ocorrência", concluiu.
Nas redes sociais, a Brigada Militar decretou luto pela morte do policial. ""O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho, nesta triste data a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas".

De acordo com a Brigada Militar, os agentes foram ao local após serem chamados pelo pai do atirador. Na ligação, o homem informou que estava sendo vítima de maus-tratos por parte do filho Edson Fernando Crippa. O suspeito reagiu assim que viu os policiais.
"De forma inesperada e totalmente agressiva, ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência. Ele efetuou disparos contra os próprios pais dele e contra a guarnição que estava ali atendendo a ocorrência", explica o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar.
Além do soldado, o pai do atirador, identificado como Eugênio Crippa, um idoso de 74 anos, e o irmão Everton Crippa, 49, também foram mortos.
Entre os feridos estão outros parentes do homem, a mãe e a cunhada. Além deles, outros seis policiais e um guarda municipal também tiveram ferimentos. Todos os feridos foram encaminhados para receber atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
A ocorrência seguiu em andamento na manhã desta quarta-feira (23). A área no bairro Ouro Branco foi isolada por segurança. Os vizinhos também foram retirados do local. Após nove horas de cerco, os agentes entraram na casa e encontraram o atirador morto dentro do imóvel.

Segundo Gilson Amaral, da Guarda Civil Municipal, o atirador utilizou um fuzil .40. Ele chegou a abater dois drones que eram utilizados por autoridades na região. O GCM afirma que a ação das forças de segurança exigiu cautela "para que a ação seja cirúrgica. Situação que passa um filme na cabeça".
Vítimas feridas
- Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador: estado grave após ser baleada três vezes
- Priscilla Martins, 41 anos, cunhada: estado grave após ser baleada uma vez
- Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM: em cirurgia após ser baleado três vezes
- João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM: em cirurgia após ser baleado uma vez
- Joseane Muller, 38 anos, PM: estado estável após ser baleada uma vez
- Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM: liberado do hospital após ser baleado de raspão
- Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM: liberado do hospital após ser baleado de raspão
- Felipe Costa Santos Rocha, PM: liberado após ser baleado de raspão
- Volmir de Souza: aguarda cirurgia após ser baleado uma vez