Eugênio Crippa e Everton Luciano Crippa foram sepultados no cemitério de São LeopoldoReprodução/ TV Globo
Publicado 25/10/2024 08:32
Rio Grande do Sul - Os corpos do pai e irmão do atirador de Novo Hamburgo foram enterrados nesta quinta-feira (24). Eugênio Crippa, de 74 anos, e Everton Luciano Crippa, 49, foram sepultados no cemitério de São Leopoldo.
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O corpo do assassino, identificado como Edson Fernando Crippa, 45, também foi enterrado na mesma cerimônia. "Foi algo completamente inesperado", disse a irmã de Eugênio, em entrevista ao jornal Zero Hora.
O pai do atirador foi morto na garagem da residência por disparos de arma de fogo. Já o irmão chegou a ser resgatado e atendido em um hospital, mas morreu após uma parada cardíaca. Já Edson foi morto pela Brigada Militar (BM) após um cerco de 9h.
Além deles, dois policiais militares morreram no caso. Os soldados foram identificados como Everton Raniere Kirsch Junior e Rodrigo Weber Volz, ambos com 31 anos. Outras oito pessoas ficaram feridas no ataque. Do total, cinco permanecem internadas e três já receberam alta.
Relembre o caso
A polícia foi acionada pelo 190 para uma ocorrência de violência familiar. O pai do atirador informou um desentendimento. Existia ainda denúncia de que um casal de idosos estaria sendo mantido em cárcere privado na própria residência.
"Quando a Brigada chegou, ele (o atirador) entrou em surto e passou a disparar nos policiais", disse o secretário de Segurança Pública, Sandro Caron de Moraes.
As residências de vizinhos foram evacuadas como medida de precaução. "Após tentativa de negociação, conversa, aproximação, em nenhum momento o suspeito foi receptivo. Conseguimos encontrar um número de telefone que seria o dele. Tentamos contato, mas também não foi possível falar com ele", relatou o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3.º Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo.
"Em todo momento em que se tentava interação, resolver a ocorrência da melhor forma possível, se começavam a ouvir disparos", acrescentou. Após horas de cerco, houve a invasão.
 O atirador tinha histórico de esquizofrenia e usou as próprias armas, legalizadas, para o ataque. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, mais de 300 munições foram encontradas na casa de Edson e a polícia investiga se ele teria planejado a situação, já que estoque de água e isotônicos foram achados na casa.
A residência ficou cheia de marcas de tiros durante a ação. As paredes internas da casa também foram alvejadas. As janelas ficaram quebradas e uma grande quantia de projéteis foram encontradas no chão. A casa ao lado também foi atingida pelos disparos.
O Governador lamentou as mortes. Em publicação nas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que segue em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, para acompanhar os desdobramentos da ocorrência.
"A BM agiu com firmeza e o atirador foi morto, evitando consequências ainda maiores. O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas", escreveu Eduardo Leite. "Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos", acrescentou.
Nas redes sociais, a Brigada Militar decretou luto pela morte do policial. ""O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho, nesta triste data a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas".
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