’Kids pretos’ é o apelido dado aos militares do Exército de Forças EspeciaisDivulgação/Exército
Eles recebem o apelido por utilizarem gorros pretos em operações. São caracterizados como especialistas em guerra não convencional, reconhecimento especial, operações contra forças irregulares e contraterrorismo.
De acordo com o Centro de Instrução de Operações Especiais, o programa existe desde 1957 e foi inspirado no curso "Ranger", com destaque para o Batalhão de "Special Forces", a principal unidade de infantaria leve e força de operações especiais dentro do Comando de Operações Especiais do Exército dos Estados Unidos.
Essas missões podem acontecer tanto em momentos de crise ou conflito quanto em momentos de paz e regularidade institucional. Segundo o Exército, até o ano passado, os "kids pretos" tinham um efetivo aproximado em torno de 2, 5 mil militares.
- Rafael Martins de Oliveira: militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';
- Rodrigo Bezerra de Azevedo: militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';
- Wladimir Matos Soares: policial federal.
Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado para matar os já eleitos presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
De acordo com corporação, ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado.
A PF destacou que o planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
A ação também inclui a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
Conforme a PF, o Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
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