Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de MoraesAntonio Cruz/Agência Brasil
A investigação apontou que os golpistas aceitavam "os danos colaterais" de assassinar o ministro. O termo, segundo a PF, faz referência a eliminação de toda a equipe de segurança do ministro e a morte dos militares envolvidos na ação. Isso significa, que os golpistas estariam dispostos a morrer para executar Moraes.
“Era admissível para cumprimento da missão de 'neutralizar' o denominado 'centro de gravidade', que seria um fator de obstáculo à consumação do golpe de Estado”, aponta a PF.
A investigação é parte da operação que prendeu nesta terça-feira, 19, cinco suspeitos de planejar um golpe de Estado em 2022, além de atentados contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
Reunião estratégica
Segundo os delegados Fábio Shor, Rodrigo Morais Fernandes, Elias Milhomens e Luciana Caires, o plano operacional dos chamados "kids pretos" — em alusão ao grupo de militares envolvidos — foi discutido e aprovado durante a reunião.
“Os investigados Rafael de Oliveira e Hélio Ferreira Lima já estariam colocando em prática os atos de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes na cidade de Brasília/DF, para cumprimento de uma eventual ordem de prisão a ser desencadeada pelo então presidente da República Jair Bolsonaro”, afirmam os delegados.
O relatório aponta ainda que informações detalhadas sobre a localização de Moraes foram obtidas por meio de uma fonte aliada dos golpistas.
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