Ação realizada pelos PMs deixou 56 civis e dois agentes mortos em confrontosPaulo Pinto/Agência Brasil
Dois agentes da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, viraram réus por homicídio qualificado. Segundo os promotores, esses policiais simularam um confronto e alteraram a cena do crime.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a ocorrência foi investigada por meio de Inquérito Policial Militar, que foi encaminhado à Justiça, e os policiais envolvidos na ocorrência permanecem afastados do serviço operacional até o final do processo. “Todos os casos de Morte em Decorrência de Intervenção Policial são rigorosamente investigados pelas forças de segurança, com acompanhamento das respectivas Corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário”, informou a SSP por meio de nota.
Todos os anos o governo estadual realiza a Operação Verão nas 16 cidades litorâneas de São Paulo, com o reforço do policiamento durante o período em que esses municípios estão mais cheios devido à movimentação maior de turistas. A última Operação Verão foi criticada pelas instituições e autoridades de direitos humanos pela forma como foi conduzida deixando os mais de 50 mortos.
Operações mais letais
Desde o ano passado, a Baixada Santista tem sido alvo de grandes operações do estado, após policiais militares serem mortos na região. O número de pessoas mortas por PMs em serviço na região aumentou mais de cinco vezes nos dois primeiros meses deste ano. Em janeiro e fevereiro, os agentes mataram 57 pessoas, segundo dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). No primeiro bimestre de 2023, foram registradas dez mortes por policiais em serviço na região.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.