A nadadora Ana Júlia com a neurocientista e especialista em neurofeedback, Drª Emily Pires Divulgação
No jogo, o participante coloca uma faixa com sensores na testa e precisa se concentrar para ligar o aparelho e controlar a bolinha, fazendo com que ela suba e percorra obstáculos. Quanto maior o nível de concentração, mais alto a bolinha vai e mais fácil se torna superar os desafios.
De acordo com a neurocientista e especialista em neurofeedback, Drª Emily Pires, o funcionamento do jogo está longe de ser magia. "A faixa utilizada no Mindflex capta as ondas cerebrais, no córtex pré-frontal — região associada à concentração, foco e planejamento. Esses sinais elétricos são processados pelo circuito do dispositivo, que calcula o nível de atenção do jogador. A partir desses dados, o sistema controla o movimento da bolinha. Se o jogador se desconcentrar, o aparelho interrompe o funcionamento e a bolinha para de subir", detalha a especialista.
Além de ser uma ferramenta divertida, o Mindflex demonstra como a tecnologia pode interagir com os sinais cerebrais, abrindo caminho para inúmeras possibilidades no futuro da neurociência e da interface cérebro-máquina.
Recentemente, Ana Júlia teve a oportunidade de experimentar o Mindflex, um jogo que utiliza ondas cerebrais para mover uma bolinha apenas com a força do pensamento. A experiência, que exigiu muito foco e concentração, despertou na atleta o interesse por práticas avançadas como o neurofeedback. Esse método, que utiliza sensores para monitorar as ondas cerebrais, é capaz de ajudar a desenvolver habilidades como controle emocional, resiliência e aprimoramento do foco. "Essas técnicas são uma maneira de evoluir continuamente e estar sempre um passo à frente, tanto na preparação para as competições quanto na superação de desafios pessoais", comenta Ana Júlia.
Tratamento mental como diferencial no esporte
Para Ana Júlia, o treinamento mental é tão importante quanto o físico. Ela destaca como práticas como o Mindflex e o neurofeedback a ajudam a lidar com a pressão das competições, aprimorar a concentração e melhorar o controle emocional em momentos decisivos. No caso da natação, o impacto direto pode ser visto na performance técnica, como no tiro de partida — um fator crucial para garantir melhores resultados em provas.
"Jogar o Mindflex foi uma experiência incrível e desafiadora. Precisei ter muito foco e concentração para conseguir ligar o equipamento e fazer a bolinha flutuar. Acredito que técnicas como essa e o neurofeedback são fundamentais para melhorar minha performance na piscina", explica Ana Júlia. A atleta ressalta que essas práticas também ajudam a reduzir a ansiedade, o que contribui para um desempenho mais consistente e equilibrado.
Com uma trajetória marcada por vitórias e evolução constante, Ana Júlia segue inspirando outros atletas a buscarem o equilíbrio entre o físico e o mental. Mais do que colecionar recordes, ela prova que o esporte é uma jornada de superação e autodescoberta, mostrando que a combinação de disciplina, ciência e tecnologia pode levar a conquistas extraordinárias.
"O fato de um dispositivo como o Mindflex funcionar está diretamente relacionado à capacidade de captar e interpretar ondas cerebrais, como as ondas beta, que estão ligadas ao foco e à concentração. Ao treinar o cérebro por meio dessas técnicas, é possível fortalecer essas habilidades, promovendo maior equilíbrio emocional e aumento de performance. Para atletas, isso significa mais preparo para lidar com a pressão e manter a mente no objetivo principal", explica Emily.
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