A nadadora Ana Júlia com a neurocientista e especialista em neurofeedback, Drª Emily Pires Divulgação

Rio - Já imaginou mover objetos apenas com a força do pensamento? Essa ideia, que parece saída de filmes de ficção científica, é explorada de forma surpreendente no jogo Mindflex. O dispositivo permite que os jogadores controlem o movimento de uma bolinha utilizando apenas suas ondas cerebrais, sem qualquer implante ou tecnologia invasiva.
Recentemente, Elon Musk, fundador da Neuralink, revelou que uma pessoa com implante cerebral foi capaz de mover o cursor de um computador apenas com o pensamento, chamando a atenção do mundo todo. No entanto, mesmo sem implantes, experiências semelhantes podem ser realizadas com dispositivos como o Mindflex, que utiliza a leitura de sinais cerebrais para criar uma interação fascinante.

No jogo, o participante coloca uma faixa com sensores na testa e precisa se concentrar para ligar o aparelho e controlar a bolinha, fazendo com que ela suba e percorra obstáculos. Quanto maior o nível de concentração, mais alto a bolinha vai e mais fácil se torna superar os desafios.

De acordo com a neurocientista e especialista em neurofeedback, Drª Emily Pires, o funcionamento do jogo está longe de ser magia. "A faixa utilizada no Mindflex capta as ondas cerebrais, no córtex pré-frontal — região associada à concentração, foco e planejamento. Esses sinais elétricos são processados pelo circuito do dispositivo, que calcula o nível de atenção do jogador. A partir desses dados, o sistema controla o movimento da bolinha. Se o jogador se desconcentrar, o aparelho interrompe o funcionamento e a bolinha para de subir", detalha a especialista.

Além de ser uma ferramenta divertida, o Mindflex demonstra como a tecnologia pode interagir com os sinais cerebrais, abrindo caminho para inúmeras possibilidades no futuro da neurociência e da interface cérebro-máquina.
O poder do neurofeedback na saúde mental
O neurofeedback é uma abordagem não invasiva que permite melhorar o funcionamento cerebral por meio da autorregulação das ondas cerebrais. Utilizada para tratar condições como ansiedade, depressão, problemas de sono, transtorno de atenção e hiperatividade, e enxaquecas frequentes, essa técnica também pode aumentar o desempenho cognitivo e emocional, proporcionando maior sensação de bem-estar.
Sensores são colocados no couro cabeludo para medir as ondas cerebrais, permitindo o monitoramento em tempo real das funções cerebrais. Com isso, o paciente aprende a autorregular seu cérebro, melhorando sua saúde mental e capacidades cognitivas de forma natural.
Atleta aumenta foco com mindflex 
Recordista sul-americana e multicampeã, Ana Júlia Aguiar Amaral é um dos grandes nomes da natação brasileira. Desde cedo, ela se destacou pela determinação e pela busca incessante por evolução dentro e fora das piscinas. Sua trajetória é marcada por vitórias expressivas, mas também por uma disciplina exemplar, que a levou a explorar novas formas de aprimorar seu desempenho. Sempre em busca de inovação, Ana encontrou no treinamento mental uma maneira de potencializar suas habilidades e se preparar para os desafios das competições de alto nível.

Recentemente, Ana Júlia teve a oportunidade de experimentar o Mindflex, um jogo que utiliza ondas cerebrais para mover uma bolinha apenas com a força do pensamento. A experiência, que exigiu muito foco e concentração, despertou na atleta o interesse por práticas avançadas como o neurofeedback. Esse método, que utiliza sensores para monitorar as ondas cerebrais, é capaz de ajudar a desenvolver habilidades como controle emocional, resiliência e aprimoramento do foco. "Essas técnicas são uma maneira de evoluir continuamente e estar sempre um passo à frente, tanto na preparação para as competições quanto na superação de desafios pessoais", comenta Ana Júlia.

Tratamento mental como diferencial no esporte

Para Ana Júlia, o treinamento mental é tão importante quanto o físico. Ela destaca como práticas como o Mindflex e o neurofeedback a ajudam a lidar com a pressão das competições, aprimorar a concentração e melhorar o controle emocional em momentos decisivos. No caso da natação, o impacto direto pode ser visto na performance técnica, como no tiro de partida — um fator crucial para garantir melhores resultados em provas.

"Jogar o Mindflex foi uma experiência incrível e desafiadora. Precisei ter muito foco e concentração para conseguir ligar o equipamento e fazer a bolinha flutuar. Acredito que técnicas como essa e o neurofeedback são fundamentais para melhorar minha performance na piscina", explica Ana Júlia. A atleta ressalta que essas práticas também ajudam a reduzir a ansiedade, o que contribui para um desempenho mais consistente e equilibrado.
Ao explorar ferramentas como o Mindflex, Ana Júlia reafirma seu compromisso com a excelência e sua busca por inovação no esporte. Sua experiência com o treinamento mental mostrou que, além da força física, é necessário trabalhar o foco e a resiliência para alcançar o máximo potencial.

Com uma trajetória marcada por vitórias e evolução constante, Ana Júlia segue inspirando outros atletas a buscarem o equilíbrio entre o físico e o mental. Mais do que colecionar recordes, ela prova que o esporte é uma jornada de superação e autodescoberta, mostrando que a combinação de disciplina, ciência e tecnologia pode levar a conquistas extraordinárias.
A experiência de Ana Júlia com o Mindflex ilustra como o treinamento mental pode ser um diferencial poderoso no desempenho esportivo. Para compreender melhor a ciência por trás dessas práticas, a neurocientista Dra. Emily Pires explica como o neurofeedback e tecnologias similares utilizam as ondas cerebrais para melhorar habilidades cognitivas e emocionais. Segundo a especialista, essa abordagem é especialmente valiosa para atletas, pois ajuda a desenvolver foco, resiliência e controle emocional, essenciais tanto para competições quanto para os desafios do dia a dia.

"O fato de um dispositivo como o Mindflex funcionar está diretamente relacionado à capacidade de captar e interpretar ondas cerebrais, como as ondas beta, que estão ligadas ao foco e à concentração. Ao treinar o cérebro por meio dessas técnicas, é possível fortalecer essas habilidades, promovendo maior equilíbrio emocional e aumento de performance. Para atletas, isso significa mais preparo para lidar com  a pressão e manter a mente no objetivo principal", explica Emily.
Livre de medicamentos e intervenções invasivas, o neurofeedback possibilita que o paciente aprenda a controlar de forma voluntária as ondas cerebrais que serão emitidas, aumentando a performance, saúde e bem-estar em diversas áreas da vida. Para saber mais acesse: https://brainestar.com.br/