Investigadores do caso receberam informações de que um dos carros usados no crime estaria escondido em um terreno vazioDivulgação/ Polícia Civil
Os policiais montaram uma vigília em frente ao local, que estava fechado com um portão de chapa e cercado por madeiras. Durante a observação, notaram a movimentação suspeita de um homem correndo dentro do terreno e imediatamente entraram no local para tentar abordá-lo. Segundo o boletim de ocorrência, por conta da pouca iluminação e da existência de uma saída nos fundos do terreno, o suspeito conseguiu fugir sem ser identificado.
Enquanto buscavam o suspeito, os policiais localizaram um VW Gol branco com o emplacamento coberto, escondido dentro do matagal. Foi solicitada a perícia no veículo para buscar impressões digitais. O carro foi apreendido e encaminhado ao pátio credenciado para os procedimentos de investigação.
O ataque ao assentamento Olga Benário resultou na morte de dois integrantes do movimento: Valdir Nascimento, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa, o Guegue, de 28 anos. Lideranças do MST que presenciaram o ataque falam em pelo menos 10 criminosos, mas até o momento a polícia só prendeu um suspeito: Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como "Nero do Piseiro". Ele é apontado pela investigação como o mandante do crime.
No domingo, a Justiça decretou a prisão preventiva de Nero e de Ítalo Rodrigues da Silva, identificado como seu comparsa. Até a manhã desta terça-feira, porém, Ítalo permanecia foragido.
A Polícia Civil tenta identificar outros envolvidos no ataque. A principal linha de investigação é de que o crime teria sido motivado pela disputa por um dos lotes do assentamento. No entanto, como mostrou a Coluna do Estadão, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, desconfia que o ataque tenha sido ordenado por um mandante ligado à exploração imobiliária da região.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.