Salerno foi citado na delação premiada do corretor de imóveis Antônio Vinicius Lopes GritzbachReprodução
"Nas estruturas do sistema de justiça, em tribunais superiores, às vezes se tem uma interpretação onde tratam alguém ligado a um crime organizado, a organização criminosa, como um crime comum, sendo que não é", afirmou o procurador-geral. "Eu não estou falando aqui de endurecimento (da legislação), mas de aplicação "
Salerno foi citado na delação premiada do corretor de imóveis Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado a tiros no aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.
Em depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, uma semana antes de ser assassinado, Gritzbach afirmou que o policial é sócio fintech 2Go Instituição de Pagamento Ltda, que teria lavado R$ 6 bilhões. Também declarou que o agente teria negócios com Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, ambos integrantes do PCC e já mortos.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, um dos responsáveis pela operação, disse que a delação revelou um "braço corrupto do Estado".
"Sem essa infiltração nas estruturas do Estado certamente o PCC não teria atingido o nível que atinge hoje. A gente espera, sinceramente, que com as investigações, com os processos, que o Estado promova as medidas necessárias para extirpar esses servidores ou policiais do serviço público", declarou a jornalistas.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.