Acareação entre Mauro Cid e Braga Netto será realizada nesta terça-feira no STFTom Molina/STF Isac Nóbrega/PR
Na petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes, o advogado Celso Vilardi disse que entrou em contato com o cerimonial da Corte e foi informado de que o acesso será liberado somente aos advogados dos réus que serão acareados e não haverá nenhum tipo de transmissão.
Diante da informação recebida, Vilardi pediu autorização para acompanhar a audiência.
"Tratando-se de ato de instrução probatória realizada no âmbito de ação penal, requer-se que seja garantido acesso à audiência ao subscritor da presente petição, advogado constituído na presente ação penal, que irá se deslocar para Brasília a fim de acompanhar presencialmente a audiência designada", solicitou a defesa de Bolsonaro.
A acareação entre Cid e Braga Netto foi solicitada pela defesa do general. Os advogados sustentam que são necessários esclarecimentos sobre as acusações de que Braga Netto discutiu o plano Punhal Verde e Amarelo, planejamento golpista para matar autoridades e que teria entregue a Cid dinheiro em uma sacola de vinho.
Ambos são réus na ação penal da trama golpista. Cid assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e também está na condição de delator.
No início deste mês, Braga Netto foi interrogado por Alexandre de Moraes e negou ter conhecimento do Punhal Verde Amarelo e de ter repassado a Mauro Cid dinheiro dentro de uma sacola de vinho para que fosse entregue a militares que faziam parte do esquadrão de elite do Exército, chamados de "kids-pretos".
O general está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.
Outra acareação
Segundo a defesa, a acareação é necessária para esclarecer contradições nos depoimentos do general à Polícia Federal durante as investigações.
Gomes foi ouvido como testemunha e estava na reunião na qual Bolsonaro teria apresentado estudos para sugerir a adesão das Forças Armadas à tentativa de golpe, em 2022.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.