Colégio Bandeirantes é uma das instituições de ensino mais tradicionais de São PauloDivulgação
A escola soube porque foi marcada em postagem de um perfil do Instagram que denuncia o antissemitismo e "agiu de forma imediata", segundo nota enviada aos pais de alunos. O comunicado diz ainda que a "publicação de cunho antissemita feita por um assistente de ensino nos causou profunda indignação e tristeza"
Wellington Zorzetti havia sido contratado em fevereiro como assistente de ensino do Bandeirantes. De acordo com o regimento da escola, educadores nessa função auxiliam o corpo docente no atendimento pedagógico aos alunos e substituem eventuais faltas de professores. A reportagem não localizou a defesa do docente; não é possível mais acessar seus perfis em redes sociais, como LinkedIn e Instagram.
"Atos de intolerância não representam quem somos e não têm espaço em nossa escola", continua o texto, que diz ainda que o Bandeirantes "tem uma comunidade judaica expressiva e muito importante em nossa história e em nossa vida escolar."
O educador trabalhava também como professor no Colégio Lourenço Castanho, outra escola localizada na zona sul da capital. Procurada, a escola confirmou que também demitiu o funcionário.
Famílias judaicas do Lourenço Castanho agradeceram, em carta, o colégio pela "postura firma, ágil e respeitosa diante de uma manifestação de antissemitismo.
Em uma postagem feita na quinta-feira, o perfil de redes sociais chamado "antisemita exposure" marcou as duas escolas em que o educador trabalhava e escreveu: "esse professor destila ódio contra judeus! Pais e mães, fiquem atentos!!"
Conforme o Estadão apurou, Zorzetti já trabalhou também no Colégio Dante Alighieri, outra escola tradicional da zona sul de São Paulo, e é formado especificamente em Física pela Universidade de São Paulo (USP).
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