Ex-presidente Jair Bolsonaro também é réu na ação penal da trama golpista no SupremoValter Campanato/Agência Brasil
PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro por obstrução
Pastor Silas Malafaia, apoiador do ex-presidente da República, foi conduzido pelos agentes no Aeroporto Internacional do Rio para prestar depoimento
Em uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro por suspeita de obstrução de Justiça no inquérito que apura uma possível tentativa de golpe de Estado. As medidas foram encaminhadas ao STF por meio de relatório oficial.
Concomitantemente, o pastor evangélico Silas Malafaia foi alvo de uma ação da PF no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa, ele foi submetido a busca pessoal e teve seus dispositivos eletrônicos, incluindo o celular, apreendidos. Além disso, Malafaia teve seu passaporte retido e foi proibido de deixar o país ou manter contato com outros investigados.
Evidências no Caso
Segundo o relatório, foram recuperadas gravações de áudios e mensagens apagadas do celular de Jair Bolsonaro. Essas conversas envolvem o deputado Eduardo e Silas Malafaia e sugerem articulações para intimidar autoridades e atrapalhar as investigações sobre a trama golpista.
Chama atenção, ainda, um trecho em que Jair Bolsonaro teria cogitado solicitar asilo político ao presidente argentino Javier Milei, conforme apontado nas mensagens recuperadas pela PF.
O inquérito teve início em maio, após a Procuradoria-Geral da República reportar indícios de que Eduardo Bolsonaro buscava apoio de autoridades nos Estados Unidos para pressionar ministros do STF.
Em julho, o relator no STF, ministro Alexandre de Moraes, prorrogou a investigação por mais 60 dias, citando a necessidade de aprofundar as diligências.

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