O religioso, após fazer uma série de críticas ao ministro Alexandre de Moraes, convocou o "povo brasileiro" para dar uma resposta às ações do magistrado no 7 de Setembro.
"No 7 de Setembro em todo o Brasil, o povo brasileiro vai dar uma resposta a esse ditador. Na Avenida Paulista a partir das 15h. Deus livre o Brasil desse gente má, injusta e perversa", disse.
Ele também disse que o ministro vem cometendo crimes de perseguição política e religiosa.
"Mais uma prova inequívoca de que Alexandre de Moraes promove perseguição política e agora religiosa também. Em todas as manifestações que eu coordenei eu venho denunciando os crimes dele".
Malafaia questionou as apreensões de cadernos nos quais, segundo ele, possuíam mensagens religiosas, e de seu passaporte, já que ele possui compromissos internacionais relacionados à Igreja Evangélica.
"Três cadernos meus com mensagens bíblicas foram apreendidos. E o pior: apreender meu passaporte. Eu sou criminoso? Que país é esse, gente? Apreender o passaporte de um líder religioso. Eu sou um líder religioso reconhecido na Igreja Evangélica no mundo, tenho compromissos internacionais, e tenho meu passaporte apreendido como se eu fosse um criminoso?", esbravejou.
Na sequência, ele mandou um recado direto para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e para Gilmar Mendes, decano do STF, questionando se os dois têm medo de Alexandre de Moraes.
"Senhor Barroso, presidente do STF, o senhor tem medo dele? Gilmar Mendes, decano no STF, o senhor tem medo dele? Demais ministros, esse cara tá jogando na lata do lixo e na lama o STF. Vocês têm medo desse cara?", questionou.
Operação
Assim que chegou em um voo vindo de Lisboa, agentes cumpriram mandados de busca pessoal e apreensão de celulares em operação inserida na investigação que apura suposta tentativa de obstrução de Justiça e a continuidade do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado. O pastor foi levado para prestar depoimento.
O cumprimento dos mandados foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e acatado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em parecer favorável emitido no dia 15 de agosto.
Além da apreensão de dispositivos eletrônicos, houve imposição de medidas cautelares, como a proibição de deixar o país, bloqueio de contato com outros investigados e suspensão de passaporte.
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