Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpeAFP
"A solicitação justifica-se pela indispensável interlocução com o dirigente máximo da agremiação partidária, cuja função demanda contato direto e frequente com o Peticionante, notadamente para coordenação de pautas institucionais e planejamento de ações políticas de alcance nacional", afirma o requerimento.
Jair Bolsonaro: foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da trama golpista. É a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado.
Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal (PL-RJ), foi condenado a 16 anos e 1 mês de prisão por tentativa de golpe de Estado. Os ministros também decidiram pela perda de seu mandato parlamentar
Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro, foi condenado a 19 anos de prisão, sendo 16 anos e 11 meses de reclusão e 2 anos e 1 mês de detenção, por tentativa de golpe e outros crimes.
Augusto Heleno: o general foi condenado a 21 anos de prisão, sendo 18 anos e 11 meses de reclusão e 2 anos e 1 mês de detenção, por tentativa de golpe de Estado.
Almir Garnier: ex-comandante da Marinha, recebeu pena de 24 anos de prisão, sendo 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, por tentativa de golpe.
Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, foi condenado a 24 anos de prisão, sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção.
Walter Braga Netto: o general foi condenado a 26 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Mauro Cid: tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi condenado a 2 anos em regime aberto. Como delator da ação penal relacionada à trama golpista, recebeu pena reduzida.
A previsão era que Tarcísio viajasse a capital federal nesta segunda-feira, 15, para continuar as articulações pela aprovação da anistia a Bolsonaro pelo Congresso Nacional, mas ele adiou a viagem.
É a primeira vez que o governador paulista se encontra com o padrinho político desde que Bolsonaro foi condenado pelo STF na quinta-feira, 11. A última reunião entre os dois foi no início de agosto, dias após o ex-presidente começar a cumprir a prisão domiciliar.
Tarcísio é cotado para se candidatar a presidente da República no ano que vem. Como mostrou o Estadão, com a condenação de Bolsonaro, o Centrão aumentou a pressão para que o ex-presidente aponte o governador como seu herdeiro político ainda neste ano. Em contrapartida, os partidos que compõem o bloco trabalhariam para aprovar a anistia a Bolsonaro.
Depois de passar a semana retrasada em Brasília articulando a aprovação do projeto, Tarcísio optou pela discrição durante a reta final do julgamento de Bolsonaro. A expectativa é que ele retome as articulações na capital federal a partir desta terça-feira.
O governador fez uma série de gestos nas últimas semanas para se vacinar de críticas que vinha sofrendo no bolsonarismo. Ele disse que o primeiro ato como presidente da República será conceder indulto a Bolsonaro, criticou abertamente o STF e Moraes durante manifestação na Avenida Paulista e mergulhou de vez na tentativa de aprovar a anistia.

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