Carla Zambelli está presa desde julho na ItáliaLula Marques /Agência Brasil
CCJ da Câmara aprova cassação do mandato de Carla Zambelli
Parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF e está presa na Itália
A Comisssão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (10), por 32 votos a 2, cassar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e está presa na Itália. O plenário da Casa Legislativa ainda vai analisar o pedido de cassação.
Claudio Cajado (PP-BA) foi indicado como novo relator do caso e deve recomendar a perda do mandato da parlamentar. Durante o debate da CCJ, Carla Zambelli fez sua defesa por ligação de vídeo.
Zambelli viajou para o exterior em julho deste ano com o intuito de fugir da Justiça. Dias após ser considerada foragida e entrar para o banco de dados de fugitivos internacionais da Interpol, a deputada foi detida nos arredores de Roma. O governo brasileiro pediu a extradição da parlamentar, mas a solicitação ainda não foi analisada pela justiça italiana.
Além da prisão, o STF também determinou a perda imediata do mandato de Zambelli. Parlamentares condenados criminalmente podem perder o cargo sem a possibilidade de recurso, segundo a Constituição brasileira.
No parecer analisado pela CCJ, Diego Garcia (Republicanos-PR) afirmava que não havia provas da participação de Carla Zambelli nos ataques hackers ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023. No texto, o deputado também criticava as ações do STF e dizia que a parlamentar era vítima de "perseguição política".
Na tarde de terça-feira (9), antes da aprovação do projeto de lei que prevê a redução de penas de pessoas condenadas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que levaria ao plenário os processos contra Carla Zambelli e Delegado Ramagem (PL-RJ), já condenados pelo STF, e o do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), a partir desta quarta-feira (10).
* Com informações da Agência Brasil

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.