Felipe Neto e a falsa candidatura: quando a publicidade vira vexameFoto: Reprodução
Mas tudo não passou de uma encenação.
Apesar de o objetivo comercial ter sido alcançado — o livro entrou na lista dos mais vendidos em poucas horas — o impacto negativo veio na mesma proporção. O “teatro” foi visto por muitos como um desserviço, um uso irresponsável da influência digital e da credibilidade construída ao longo dos anos. Com um histórico de engajamento político e críticas contundentes ao autoritarismo, a "pegadinha" acabou soando incoerente e oportunista em um cenário político e social já saturado de fake news, desinformação e crise de confiança.
A repercussão também escancarou uma discussão importante: até que ponto vale criar narrativas falsas para atrair atenção? Mesmo com uma mensagem relevante por trás, a forma como foi feita gerou ruído, confundiu a opinião pública e descredibilizou o influenciador — afinal, agora não sabemos quando ele está falando a verdade ou apenas tentando encher seu cofrinho com uma publicidade. A situação ainda complicou o trabalho da imprensa, que cumpriu seu papel de apuração ao consultar sua assessoria. Esta, por sua vez, limitou-se a dizer que o posicionamento seria divulgado no dia seguinte, às 12h.
E o pronunciamento veio, como citado acima: o vídeo da jogada de marketing feita pelo influenciador.



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