padre7junARTE O DIA
Pentecostes não foi apenas um evento do passado. É um convite atual à transformação interior. Para os discípulos, ele chegou depois de cinquenta dias de dúvidas, medos e portas fechadas. Tinham a alegria por terem visto o Ressuscitado, é verdade — mas ainda estavam paralisados. Foi com a chegada do Espírito Santo que tudo mudou: do medo, nasceu a coragem; do silêncio, nasceu o anúncio.
O Espírito Santo não resolveu os problemas deles. Não operou milagres espetaculares, não afastou os perigos, nem calou os inimigos. O que Ele fez foi mais profundo e duradouro: trouxe harmonia ao coração. É essa harmonia que nos falta hoje — em um tempo marcado pelo ruído, pela urgência e pela exaustão.
Jesus, ao encontrar os seus, não lhes promete facilidades. Apenas diz: “A paz esteja convosco”. E sopra sobre eles o Espírito. Essa paz não é a ausência de conflito, mas uma presença transformadora. Não elimina o caos exterior, mas ordena o mundo interior.
Jesus, ao encontrar os seus, não lhes promete facilidades. Apenas diz: “A paz esteja convosco”. E sopra sobre eles o Espírito. Essa paz não é a ausência de conflito, mas uma presença transformadora. Não elimina o caos exterior, mas ordena o mundo interior.
Vivemos uma era inquieta. Buscamos estímulos, respostas rápidas, distrações constantes. Mas talvez o que nos falte não seja mais informação, nem mais velocidade — e sim o Espírito Santo. Ele é paz na ansiedade, confiança no medo, coragem na provação. Ele não nos tira das tempestades, mas ancora em nós a esperança.
A harmonia que buscamos fora talvez precise começar dentro — com o sopro silencioso do Espírito Santo que tudo transforma.
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