O deputado Dionísio Lins (PP)Rafael Wallace / Alerj
Homens armados obrigam deputado a fechar escritório durante protesto em Madureira
Dionísio Lins foi ameaçado de ver o local incendiado, caso descumprisse a ordem
O protesto que ocupou ruas de Madureira nesta quinta-feira (6) afetou o deputado Dionísio Lins (PP) — e de maneira bastante assustadora. Quando saía de seu escritório na Avenida Ministro Edgard Romero, em Vaz Lobo, no início da tarde, ele foi abordado por homens armados com fuzis que ordenaram o fechamento imediato do local, sob pena de ser incendiado. Uma empresa de venda de madeiras que fica ao lado também foi obrigada a baixar as portas, assim como o comércio do entorno.
"Sinceramente nunca vi tanta audácia do poder paralelo como ocorre hoje. Um exemplo é o conjunto do Ipase, em Vicente de Carvalho, onde moravam policiais e ex-policiais que foi completamente tomado pela milícia local, ao ponto de você ver, durante a feira de final de semana, homens armados com fuzis e até escopeta desfilando sem nenhum receio de algum tipo de repressão. Onde vamos parar?", questiona o parlamentar.
A manifestação foi convocada em decorrência da guerra entre facções na Zona Norte, pela região da Congonha. Nesta sexta-feira (7), foram sepultados os corpos de Ester de Assis Oliveira, de 9 anos, e do entregador João Vitor Brander, 19, no Cemitério do Irajá.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.