"A sobrecarga gerada pelo trabalho invisível prejudica a vida, a saúde física e mental e a carreira de milhões de mulheres no mundo todo", aponta a autora da proposta Reprodução de Internet

Nesta quarta-feira (24), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) abriu discussão sobre o projeto de lei que visa instituir o Dia Estadual de Reconhecimento do Trabalho Invisível. A proposta apresentada por Dani Balbi (PCdoB) tem como objetivo conscientizar a população sobre o valor do trabalho feminino doméstico não remunerado.

Caso aprovada, a celebração será realizada anualmente em 2 de maio, um dia após o Dia Internacional do Trabalho. De acordo com a autora, a escolha é um simbolismo que se refere à segunda jornada enfrentada pelas mulheres.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2019, as mulheres enfrentam uma carga desigual de trabalho, acumulando múltiplas jornadas, seja no emprego fora de casa, nos cuidados domésticos ou com os filhos. Enquanto a jornada semanal feminina demandava 53,3 horas, sendo 34,8 dedicadas ao trabalho remunerado e 18,5 aos afazeres da casa, os homens destinavam apenas cerca de 10 horas para essas atividades.

"A sobrecarga gerada pelo trabalho invisível prejudica a vida, a saúde física e mental e
a carreira de milhões de mulheres no mundo todo. Está mais do que na hora de tentarmos transformar essa realidade e estamos começando pela conscientização", apontou Dani Balbi.
*Colaborou o estagiário Gustavo Braz, sob supervisão de Aline Macedo.