Reciclar para desimpactar os maresfoto de divulgação

"Alô, alô? ___Responde com muita sinceridade
Quem diria que o refrão da música eternizada por Carmem Miranda, referente ao aparelho inventado Alexander Graham Bell, em 1876, poderia  virar um dos vilões dos dias de hoje. 
Sim, a evolução para o modelo celular coloca esse aparelho  entre os maiores impactantes dentro do grupo eletroeletrônicos, um dos mais presentes em descartes irregulares. 
Reciclagem
Ela é tão importante que existem várias datas para chamar a atenção para essa atividade que reflete nos âmbitos econômico, social e ambiental. Temos o Dia Global da Reciclagem - 18 de março criado pela Unesco com o objetivo de conscientização sobre a importância do descarte correto de resíduos e os benefícios do consumo de produtos e materiais eco-friendly para o meio ambiente. Mas temos ainda o Mundial em 17 de maio e o Nacional que coincide com o global do Meio Ambiente, em 5 de junho.
No entanto, quanto mais se precisa de datas para conscientização é sinal do quanto está vulnerável ou subutilizado. Apenas 3% do lixo eletrônico é reciclado na América Latina. O alerta chega através de uma pesquisa encomendada pela ONU. O desperdício pelo não reaproveitamento chega a US$ 1,7 bilhão ao ano no mundo.
São recursos que podem ser captados por toda uma cadeia, gerando renda para os catadores e economia para as indústrias, que deixam de comprar insumos novos, reaproveitando o material resgatado do ambiente. Desta forma, ainda retiram parte do lixo que está contaminando a natureza. Ou seja, além do desperdício financeiro, evitam que extraiam novos recursos do planeta, alguns que são finitos, ou seja, não se regeneram.
Brasil
É o quinto maior produtor mundial de lixo eletrônico e o maior da América Latina numa lista em que a China é a campeã descartando mais de 10 milhões de toneladas por ano. A Europa é o continente mais desenvolvido no processo de recolhimento. A chamada logística reversa por lá chega a 42% enquanto a média mundial está em 17%. O Brasil tem como meta se aproximar desse índice global até 2025.

Somente este ano o mundo deve gerar quase 60 milhões de toneladas de sucatas eletrônicas, ou seja, média de 7,8kg de desse tipo de lixo por cada habitante do planeta. Aqui no Brasil, a reciclagem de eletrônicos pode render R$ 800 milhões por ano e gerar mais de 40 mil empregos diretos, além reduzir o impacto ambiental.
Linha direta do mar com o celular

Consciente de que é hoje uma das mais impactantes entre os eletrônicos por sua produção em escala e rápida substituição, a Samsung, uma das maiores fabricantes de celulares e eletrônicos anuncia uma ampla agenda de desoneração ambiental até 2025.
Uma das ações mais emblemáticas é o programa de smartphones produzidos pelos componentes feitos a partir de redes de pesca que seriam descartadas no oceano, gerando grandes ameaças à vida marinha.
Entre outras inciativas sustentáveis: a eliminando do plástico descartável das embalagens, reaproveitamento de materiais de aparelhos mais antigos na fabricação das gerações mais modernas. A quantidade aumentou de seis para 12 o número dos componentes internos feitos de materiais ecologicamente corretos nos aparelhos mais modernos. 
Logística Reversa
Para possibilitar esse reaproveitamento, a empresa implantou um amplo programa de logística reversa. Produtos de pequeno e médio porte de qualquer marca (até mesmo da concorrência) como fones, carregadores e smartphones, podem ser descartados em uma das 350 urnas de coleta nas lojas e Centros de Serviço da empresa no Brasil. Essa rede permite ao consumidor a oportunidade de contribuir com a redução do impacto ambiental ao realizar o descarte adequado e seguro de lixo eletrônico nos postos da empresa. 
Até 2030, a fabricante planeja expandir o escopo de seu sistema de coleta de e-waste de  50 para 180 países. Com isso, espera coletar 10 milhões de toneladas de lixo eletrônico até 2030 e gerar um acumulado de 25 milhões de toneladas até 2050.
  
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