Sem carregador e falta de internet no topo das reclamações do apagão
Superou questões aparentemente mais graves como pessoas presas em elevadores, trens e metrô. Já privatização da Eletrobras dominou as discussões políticas
Sem internet e falta de bateria dominaram reclamações - foto da coluna
Sem internet e falta de bateria dominaram reclamaçõesfoto da coluna
Muitas pessoas acordaram achando que tinham esquecido de pagar a conta de energia elétrica. No entanto, o apagão que atingiu todas as regiões do país foi causado por falha técnica e ainda merece apuração mais aprofundada inclusive se a situação foi agravada pela privatização da estatal Eletrobras como alguns estão especulando.
Preocupação com a internet supera problemas mais graves
Muitos não conseguirem chegar ao trabalho, pessoas presas em elevadores e transportes eletrificados como trens e metrô. Sinais de trânsito apagados. Cirurgias e equipamentos de hospitais desmarcadas e sem funcionar. Empresas com produção e serviços interrompidos. Escolas e creches funcionando precariamente. Falta de água em locais que precisam de bombeamento.... Apesar de todos esses problemas e riscos, o que mais se via na rede eram reclamações sobre temas ligados a conexões digitais se sobrepondo aos outros efeitos. Temas como carregador de bateria, falta de conexão, sem internet ou Wi Fi, 4G... dominaram as redes sociais inclusive colocando as companhias de telefonia no topo.
Seria uma prova de que, para muitos, a vida virtual é mais importante do que a real?
Brasil tem a matriz energética entre as mais limpas
O sistema energético brasileiro é majoritariamente hidrelétrico, considerado uma das opções mais verdes e limpas do mundo. Apesar de estarmos no inverno, período de poucas chuvas na maioria do território, não havia registro de queda do nível de água nos reservatórios das usinas.
O Brasil registrou cinco apagões nos últimos 24 anos, entre eles o considerado como um dos maiores do mundo: em 2009, afetou o fornecimento para 90 milhões de pessoas. Outro emblemático foi o que atingiu o estado do Amapá em 2020. Neste caso, durou 10 dias por causa de um incêndio na subestação - deixando 13 dos 16 municípios às escuras, inclusive a capital.
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