A construção de edifícios gerou 8.119 novos empregos com carteira assinada em julho, de acordo com o CagedFreepik

Boas notícias para a construção civil. O setor gerou 25.423 vagas com carteira assinada em julho, sendo o sétimo mês consecutivo de saldo positivo na abertura de postos de trabalho. Com isso, explica Ieda Vasconcelos, economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o segmento chega ao total de 2,615 milhões de trabalhadores formais, o maior resultado desde setembro de 2015 com 2,641 milhões. Os dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego. “Mesmo diante das dificuldades de um cenário caracterizado por juros elevados, o mercado de trabalho da construção segue resistente”, comenta Ieda.
Os três segmentos do setor apresentaram resultados positivos em julho: a construção de edifícios gerou 8.119 empregos, o de infraestrutura registrou 7.279 novas vagas e os serviços especializados como demolição e preparação do terreno, instalações elétricas, hidráulicas e obras de acabamento geraram 10.025 oportunidades. Apesar deste cenário, o número de novos empregos gerados pela construção civil de janeiro a julho deste ano foi inferior ante o mesmo período de 2022, com 194.471 e 217.580, respectivamente. “Ajudam a justificar esse resultado a demora das novas condições do programa Minha Casa, Minha Vida 2023, as altas taxas de juros e as incertezas do início do ano”, observa Ieda.
Na avaliação da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os dados do Caged indicam que o mercado imobiliário segue como um dos mais importantes protagonistas no processo de geração de empregos no país, contribuindo para o crescimento econômico do PIB (Produto Interno Bruto). “Independentemente dos desafios macroeconômicos, o setor consegue gerar empregos que fazem a diferença para o Brasil", ressalta Luiz França, presidente da entidade.