Ambiente maximalista tem cores vibrantes, texturas marcantes, estampas e sobreposiçõesDivulgação GT Building
Como adotar o estilo maximalista na decoração
Conceito defende que a casa deve ter alma, intensidade e camadas
A decoração maximalista está de volta e promete ganhar espaço nos lares. Em contraste com o conceito quiet luxury, que prioriza a discrição e a estética minimalista que utiliza cores neutras, espaços organizados e atmosferas calmas, o movimento maximalista ressurge de forma ousada, impulsionado pelas redes sociais e por um cenário econômico e cultural em constante transformação.
Em oposição às paletas suaves e linhas retas, a proposta investe em cores vibrantes, texturas marcantes, estampas e sobreposições que trazem personalidade e profundidade aos ambientes. Fabio Lima, arquiteto da GT Building, comenta que o maximalismo defende mais personalidade, mais memória e mais cor. “É expressão. É transformar espaços em reflexos do que somos, com composições ousadas. Estampas se sobrepõem, estilos se fundem e o resultado não é caos, mas identidade”, afirma o especialista.
De acordo com ele, se o minimalismo era silêncio visual, o maximalismo é conversa. “Ele convida o olhar a passear, a descobrir e a interpretar. E, mais do que uma tendência, é um movimento emocional: um desejo de reconexão com o que é humano e imperfeito", frisa o arquiteto. Lima diz ainda que o estilo não precisa ser caro nem excessivo. Com pequenas intervenções e criatividade, é possível transformar qualquer espaço. Confira as dicas:
1 - Escolha uma paleta de apoio. Selecione algumas cores principais para garantir coesão no ambiente. Isso permite ousar nas misturas sem comprometer a harmonia.
2 - Crie uma galeria de parede. Combine quadros, fotos, pôsteres e até objetos tridimensionais, como cestos e pratos decorativos. O segredo está em compor com liberdade, mas mantendo o equilíbrio visual.
3 - Valorize coleções pessoais. Livros, velas, cerâmicas, brinquedos antigos ou garrafas especiais - agrupá-los por cor ou temática - cria um ponto focal afetivo e esteticamente marcante.
4 - Use texturas diferentes. Misture veludo, madeira, linho, metal e palha. O contraste entre materiais gera riqueza visual e convida ao toque.
5 - Restaure e personalize móveis: resgatar uma peça antiga do brechó ou da casa da avó e transformá-la com pintura ou novo estofado é puro maximalismo, carrega história e causa impacto.
6 – É comum pensar que maximalismo rima com desordem, mas a verdade é que ele exige curadoria e intuição. Trata-se de saber editar e equilibrar, de aplicar o “exagero” com sensibilidade.
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